Faleceu, na última segunda-feira, vítima de ataque cardíaco, a antiga estrela do hóquei em patins moçambicano, Arsénio Esculudes, que representou as cores do Ferroviário de Maputo, seu clube de coração. Praticou também futebol, mas decidiu enveredar pelo hóquei em patins, onde se notabilizou. Foi dos primeiros atletas que envergou a camisola da selecção nacional no primeiro evento internacional em que Moçambique participou, na categoria de juniores.
Fez também parte da primeira selecção nacional que disputou sete jogos contra a Holanda, nas diversas províncias do país, em 1975, logo a seguir à proclamação da independência nacional. Arsénio Esculudes integrou ainda a selecção principal que participou pela primeira vez num Campeonato do Mundo da modalidade, na cidade da argentina de San Juan, em 1978.
Abraçou, embora de forma prematura, a carreira de treinador, mas abandonou-a porque a selecção ainda queria contar com ele como jogador. Apesar disso, ocupou o cargo de seleccionador nacional que participou nos torneios de Montreux, bem como em Mundiais dos grupos “A” e “B”.
Foram características de Esculudes, enquanto jogador: Atleta de forte constituição física, excelente patinador, com um fantástico domínio de bola, médio defensivo que se destacava nas assistências que, vezes sem conta, resultaram em golos, um indivíduo com uma boa leitura de jogo, duro, e que sabia fazer uso do seu porte físico para ganhar em lances divididos.
Recorde neste ARTIGO as três décadas de patinagem do “Príncipe da Mafalala”.