O Clube Golfinhos de Maputo revalidou o título vencedor absoluto do campeonato da cidade em natação, prova que decorreu até ao passado domingo (02) na piscina Raimundo Franisse, na capital moçambicana. Na segunda posição ficou o Clube Tubarões de Maputo enquanto o Ferroviário de Maputo terminou na terceira posição.
Em femininos, os Golfinhos de Maputo terminaram o certame com 875 pontos, mais 51 do que os Tubarões na segunda posição. O pódio ficou completo com a presença do Ferroviário de Maputo com 675 pontos enquanto o Desportivo ocupou a quarta e última posição com 158.
Os Golfinhos mostraram também a sua qualidade nos masculinos ao conquistarem a prova com 1021 pontos contra 1018 dos Tubarões e 507 da locomotiva, na segunda e terceira posição respectivamente. Ainda em masculinos, o Desportivo de Maputo ocupou a quarta posição com 472 pontos enquanto o Banco de Moçambique terminou a prova na quinta e última posição com 36 pontos.
Na classificação geral, o pódio ficou o Clube de Natação Golfinhos de Maputo com 1896 pontos seguido pelos Tubarões com 1842 e pelo Ferroviário de Maputo com 1671. O Desportivo de Maputo com 1089 e o Banco de Moçambique com 72 ocuparam a quarta e quinta posição respectivamente.
A organização podia ter sido melhor
Não obstante o sucesso que caracterizou a realização deste certame, com um número volumoso de participação e com as escolas a demonstrar a sua qualidade na formação e potenciação de nadadores, alguns aspectos não fugiram à vista no que toca ao nível de organização.
Por exemplo, o controlo de tempo continua a ser feito manualmente, bem como o anúncio dos próprios resultados que dependem mais da celeridade da comissão organizadora. A divulgação dos resultados finais não foi possível no último dia da prova, ou seja, no domingo (02) e nem mesmo na segunda-feira (03) porque os técnicos da comissão organizadora precisavam de se reunir para organizar os documentos. Este facto aconteceu num momento em que, volvidos 15 meses, o país ganhou uma piscina de padrão olímpico, porém, hoje votada ao abandono, isto porque o Governo não quer passar a gestão da mesma para a Federação Moçambicana de Natação. Está refém, neste preciso momento, do surgimento de uma entidade privada para o efeito.
Aliás, mesmo sem a gestão passar para uma instituição privada, não se percebe como é que até hoje a piscina olímpica não é utilizada, embora tenha sido construída para o crescimento da natação em Moçambique.
Construída de raiz para acolher os Jogos Africanos do ano passado, a piscina olímpica, para além da sua dimensão, que responde ao padrão internacional, 50 metros de comprimento, contra os 25 da “Raimundo Franisse”, conta com um cronómetro automático e um sistema digital de actualização de resultados. Facilita o trabalho não só à comissão organizadora como também aos órgãos de informação que fazem a cobertura em directo dos eventos.
Um dado curioso tem a ver com o facto de que quando se trata de uma prova internacional, as equipas que vêm de fora do país, também com infra-estruturas do género, fazem os seus estágios naquela piscina. Todavia, aos moçambicanos só é permitido o uso da infra-estrutura nas vésperas dos certames. Foi recentemente reportado que as algas e águas turvas haviam causado danos à piscina. Também se fala da existência de cobras e sapos que disputam aquele espaço.