Fazem a lista de xiconhoquices desta semana o Golpe de um funcionário do banco Millennium-bim em Namialo, o Encerramento da Rádio Comunitária da Macanga, em Tete, por ordem do administrador e o facto dos Estudantes de centros internatos comerem carne podre
1. Golpe de um funcionário do banco Millennium-bim em Namaio:
Um comerciante identificado pelo nome de Abdul Samad, sofreu um rombo na sua conta bancária de dois milhões e cento e cinquenta mil meticais. A vítima emitiu um cheque no valor de duzentos e quinze mil (215.000) meticais e o mesmo teve duas operações de pagamento, uma vez que apresentava dois montantes diferentes (um em algarismos e outro por extenso).
O comerciante Abdul Samad foi, na verdade, vítima de má-fé e da sua ignorância no que respeita à língua portuguesa visto que emitiu um cheque no valor de 215 mil meticais, tendo escrito apenas em algarismos.
Porém, como havia necessidade de preencher o valor em extenso, solicitou-se a ajuda de um funcionário do balcão de uma agência do Millennium-bim em Namialo que, ao invés de escrever por extenso aquele montante, preencheu dois milhões e cento e cinquenta mil meticais. E era o que nos faltava. Um exemplo claro de quem ganha com a ignorância do outro.
Acreditam os nossos leitores que este pode não ser um caso isolado porém, porque envolveu valores altíssimos, o caso foi desvendado. E cá fica um alerta a todos os cidadãos cujas famílias estão nesta condição: cuidado, aqueles de fato e gravata e aquelas “meninas” de saia curta que ficam por detrás dos balcões, são perfeitos ladrões em ocasiões oportunas.
2. Encerramento da Rádio Comunitária da Macanga, em Tete, por ordem do administrador:
O administrador do distrito de Macanga, Alexandre Faite, a 19 de Outubro do presente ano, mandou encerrar a Rádio Comunitária local, alegadamente por ter passado um anúncio da Renamo convocando os seus membros para um encontro com o Secretário-Geral daquele partido da oposição. Este cenário fez com que os cerca de 255.780 habitantes fossem privados de um direito constitucionalmente instituído, o da informação.
No entanto, com o propósito de repor o direito pontapeado pelo administrador Faite, o Fórum das Rádios Comunitárias despachou, na semana passada, uma equipa àquele ponto do país tendo-se concretizado o objectivo, segundo escreve o jornal Magazine Independente desta semana.
Enfim, e há quem ainda nega que este é o quarto pior país do mundo em termos de Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O Xiconhoca Alexandre Faite podia, naquele dia 19 de Outubro, estar a comemorar junto do povo ou da sua família – se é que a tem – a passagem do 26º ano da morte do saudoso Samora Machel no trágico acidente de Mbuzine. Mas não, deixou tanta coisa boa que podia fazer para exibir que sofre de um grave défice de inteligência e bom senso. São os dirigentes que temos e que nós merecemos.
3. Estudantes de centros internatos comem carne podre:
Os estudantes da UEM, a frequentar a Escola Superior de Hotelaria e Turismo em Inhambane, denunciaram aos órgãos de informação que aos estudantes internos daquela instituição foi servida, ao jantar, carne em estado muito avançado de degradação ou seja, podre.
Os estudantes dizem que quando reclamaram junto da direcção, esta, de forma arrogante, respondeu nos seguintes termos: “vocês comem consoante o valor que pagam”.
No entanto, Mariamo Abdul, administradora da Escola contactada por um órgão de informação da praça, confirmou a situação tendo adiantado que a carne ficou deteriorada devido ao calor.
Citando um dos nossos leitores que recomendou esta xiconhoquisse, isto só pode ser algo do nosso país porém, não se pode achar que é um caso isolado. É algo que acontece em quase todos os centros internatos deste país, onde os estudantes são tratados de forma desumana sobretudo na parte da alimentação.
Porém, existe neste país um Ministério da Educação com uma instituição chamada Inspecção- -Geral que parece funcionar apenas em Dezembro e em Janeiro, na época dos exames e das matrículas. Parabéns!