A tensão entre o Congresso Nacional Africano (ANC) e a Aliança Democrática (DA) subiu, Quinta-feira (22), depois de o partido no poder na África do Sul acusar a líder do principal partido da oposição de “incitação”.
A secção do ANC em Western Cape acusou a líder da Aliança Democrática, Helen Zille, que é igualmente o primeiro-ministro provincial, de “incitação”.
O ANC acusa Zille de “ter atiçado e alimentado as chamas” durante a última greve dos trabalhadores agrícolas para exigir aumento de salários, que fez dezenas de feridos.
O parceiro político do ANC, o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (COSATU), reagiu apelando ao partido no poder e aos partidos da oposição a depositar uma moção de censura contra Zille.
O secretário provincial do COSATU, Tony Ehrenreich, declarou que Zille admitiu que estava informada das próximas manifestações, mas não apelou os agricultores e os sindicatos a reunir-se para fazer face à ameaça e limitar os riscos.
A DA e outros partidos da oposição rejeitaram uma proposta avançada, Quarta-feira, pelo líder do grupo parlamentar do ANC, Mathole Motshekga, de debater a moção de censura contra o Presidente Jacob Zuma apenas em Fevereiro do próximo ano.
Os partidos da oposição afirmaram que Motshekga desejava que o debate ocorra, próximo ano, porque o comité executivo nacional do ANC abandonou a sua primeira decisão “anticonstitucional e epidérmica”.
“Ele apenas manipula o Parlamento para atingir o objectivo desejado, ou seja proteger o Presidente Zuma do exame parlamentar a todo o custo”, afirmaram.