O Sudão prendeu, esta Quinta-feira (22), o seu ex-chefe de espionagem e vários funcionários de inteligência e militares graduados por causa de um suposto plano para tumultuar o país e atacar os seus líderes.
Testemunhas disseram à Reuters que viram tanques e blindados passarem por uma rua importante do centro de Cartum, por volta de meia-noite, mas no dia seguinte a vida na cidade estava normal.
O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, governa há 23 anos, período em que enfrentou diversas rebeliões e guerras civis.
Além disso, o país vive uma crise económica desde que a sua metade sul, origem da maior parte das suas reservas petrolíferas conhecidas, tornou-se independente, ano passado.
O preço dos alimentos soma-se à insatisfação com a perda do Sudão do Sul para gerar um ambiente que anima os activistas da oposição a convocarem manifestações.
No passado, os protestos contra os preços dos alimentos e a escassez de combustíveis antecederam a golpes de Estado.
O ministro da Informação, Ahmed Belal Osman, disse a jornalistas que Salah Gosh, ex-chefe do poderoso serviço nacional de inteligência, foi detido junto com 12 cúmplices sob suspeita de “incitar o caos”, difundir boatos e preparar ataques contra líderes nacionais.
Segundo Osman, “a situação agora está totalmente estável.”