As autoridades israelitas detiveram um árabe-israelita por suspeita de plantar uma bomba num autocarro em Tel Aviv cuja explosão deixou 15 pessoas feridas horas antes de Israel concordar com um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, disseram as autoridades policiais e de segurança, esta Quinta-feira (22).
O cidadão árabe de Israel foi detido na noite da Quarta-feira, segundo eles. Também foram presos, segundo a polícia, palestinos filiados ao Hamas e militantes da Jihad Islâmica na Cisjordânia sob suspeita de terem recrutado o árabe-israelita para realizar o atentado.
O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld não deu nomes ou um número exacto de pessoas que estavam sob custódia. Ele disse que o árabe-israelita notificou os palestinos na Cisjordânia quando a bomba já estava no autocarro e eles, então, detonaram o dispositivo com um telefone celular.
“A investigação ainda está em andamento e outras prisões são esperadas”, disse o serviço de segurança interno em comunicado. O atentado da Quarta-feira havia levantado a possibilidade de que os palestinos saíram da Cisjordânia para realizar o ataque em Israel.
Enquanto o Hamas governa Gaza, um território sob bloqueio israelita, a Autoridade Palestina, apoiada pelos Estados Unidos, governa a parte da Cisjordânia que não está ocupada por Israel. Mas muitos dos seus moradores são simpáticos ao rival Hamas, que rejeita a paz permanente com o Estado judaico.
Esta Quinta-feira, o Exército israelita disse que 55 supostos militantes palestinos foram presos na Cisjordânia, citando a necessidade de manter a calma depois que uma trégua terminou a luta em Gaza.
Israel lançou uma ofensiva aérea contra o Hamas e outras facções militantes de Gaza a 14 de Novembro com o objectivo declarado de interromper o lançamento de foguetes contra o seu território.
Os lados acordaram um cessar-fogo mediado pelo Egito na noite da Quarta-feira.