Devido à caça ilegal de rinocerontes e elefantes, dentro e fora das fronteiras nacionais, Moçambique consta da lista dos países mais activos no comércio clandestino de animais no mundo, segundo o relatório de 2012 do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
No global, aquela organização avaliou 23 países e concluiu que, nos últimos anos, Moçambique “não conseguiu deter o envolvimento dos seus cidadãos na caça ilegal de animais selvagens nas zonas de protecção nacionais e da vizinha África do Sul”.
Refere a seguir que tal como o Vietname e Laos, Moçambique faz parte das regiões do mundo que menos esforços empreendem para reprimir o comércio clandestino de espécies selvagens em vias de extinção.
Para além de Moçambique figuram na lista de países com maiores casos de comércio ilegal de animais o Quénia, Nigéria, Tanzânia, Zâmbia, Vietname e Myanmar, de acordo ainda com a organização WWF, no seu documento institulado Wildlife Crime Scorecard 2012.
O comércio clandestino das espécies selvagens é feito preferencialmente na China, Tailândia e Egipto.
A maioria dos países abrangidos pela pesquisa é dos continentes africano e asiático, de acordo ainda com aquele documento, realçando que o ano de 2012 teve um maior número de elefantes caçados em África, “o que pode ser sinal de que há um crescente envolvimento do crime organizado neste tipo de comércio”.
A organização WWF está sediada na Suíça e opera em cerca de 100 países, incluindo Moçambique.