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Electricidade poderá beneficiar a todos moçambicanos até 2030

O presidente da empresa Electrobras – Centrais Eléctricas Brasileiras, José da Costa Carvalho Neto, disse acreditar que a cobertura de energia eléctrica poderá alcançar toda a população moçambicana até 2030.

Falando, Terça-feira (20), em Maputo, numa palestra proferida pelo antigo estadista brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra de visita a Moçambique, José da Costa defendeu a possibilidade de implementar um projecto “energia para todos” no país.

“Eu acho ser possível termos cem por cento da população com energia até 2030”, disse ele, falando no evento, que contava com a participação de um grupo de empresários brasileiros e moçambicanos, no âmbito da visita de três dias do antigo estadista brasileiro a Moçambique.

Actualmente, a taxa de cobertura da energia eléctrica em Moçambique é cerca de 20 por cento, mas esta cifra poderá aumentar nos próximos anos com a implementação de vários projectos para a área de energia.

Além de centrais térmicas e a gás natural, Moçambique projecta construir uma segunda barragem hidroeléctrica na província de Tete, ao longo do rio Zambeze.

Trata-se da barragem de Mpanda Nkuwa, um projecto orçado em dois biliões de dólares que envolve a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) e brasileira Electrobras, e que será erguida pela Camargo Correia.

O projecto de Mpanda Nkuwa está interligado ao Projecto de Desenvolvimento Regional de Transporte de Energia (CESUL) – também conhecido por espinha dorsal – também orçado em cerca de dois biliões de dólares.

Durante a palestra, o presidente da empresa brasileira Petrobras – Biocombustíveis, Miguel Rosseto, abordou o projecto de produção de etanol em Marromeu, na província central de Sofala, a partir de cana-de-açúcar.

Segundo Rosseto, neste momento, as partes interessadas no projecto estão em negociações, processo que deverá terminar até Dezembro próximo, prevendo-se para 2014 o início da produção de etanol. Ele disse que a produção destina-se ao mercado interno, e os excedentes para exportação.

Por seu turno, o presidente da mineradora brasileira Vale, Murilo Ferreira, disse que o projecto de carvão mineral de Moatize, província de Tete, é sustentável a longo prazo.

Para sustentar os seus argumentos, Ferreira afirma que o carvão extraído em Moatize é considerado como um dos melhores do mundo – segundo clientes do Japão.

Mais do que apresentar números sobre investimentos já aplicados no projecto, Ferreira falou do impacto social criado pela sua companhia na província de Tete e no país no geral, com a melhoria das condições de vida das comunidades nas áreas da educação, emprego, entre outras áreas.

A Vale também manifestou a sua satisfação com o facto de 85 por cento da sua mão-de-obra ser moçambicana. “Uma empresa internacional como a Vale só vai ser bem-sucedida se for global, mas com trabalhadores locais”, disse.

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