Cerca de 40% de um efectivo de 1,2 milhão de cabeças de gado bovino oficialmente registado, em Moçambique, sofrem de tuberculose, doença considerada pelo Ministério da Agricultura (MINAG) como sendo “altamente transmissível” ao ser humano.
A tuberculose bovina afecta com maior incidência os distritos da Manhiça, na província de Maputo, Govuro, em Inhambane, Búzi e Machanga, em Sofala, e Mecanhelas, no Niassa, segundo aquele departamento governamental, salientando que o controlo da pandemia é de interesse nacional por se tratar de “uma das doenças oportunistas mais comuns nas pessoas vivendo com o vírus do HIV/SIDA”.
Para além daquela doença, o gado bovino está a ser ameaçado pela mosca tsé-tsé, constituindo uma das limitantes para produção pecuária de ruminantes no país, de acordo ainda com o MINAG, realçando que cerca de 70% do território nacional estão 40% de 1,2 milhão do gado bovino sofrem de tuberculose infectados por esta doença.
A falta de pessoal qualificado e de equipamento e meios de trabalho para que os serviços veterinários levem a cabo o seu mandato é apontada pelo Ministério da Agricultura como razão básica da prevalência da tuberculose e mosca tsé-tsé no país. O movimento de animais, produtos de origem animal e forragens são, igualmente, indicados como causas principais da disseminação daquelas doenças, estando, entretanto, em curso acções de vacinação de animais para assegurar a prevenção e maior controlo destas epidemias.
O trabalho deverá culminar com o alargamento da cobertura de vacinação do gado bovino dos actuais cerca de 65% para 80%, até 2017. O programa de vacinação tem em vista reduzir a prevalência dos índices de tuberculose para, pelo menos, cerca de 20%, nos próximos cinco anos, contra a actual taxa de prevalência de 40%, destaca o Programa Nacional de Investimento do sector Agrário 2012/2017 do Ministério da Agricultura.