O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, reafirmou que a agricultura continua a ser a base de desenvolvimento do país e por isso, uma das prioridades do governo moçambicano.
Cuereneia defendeu a acepção no encontro havido recentemente em Maputo, com os dois vice-presidentes da do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), onde pediu a instituição para incrementar o seu apoio neste sector.
Zondo Sakala e Susan Wardell visitaram o país para dialogarem com as autoridades moçambicanas sobre assuntos relacionados com a cooperação entre o país e o BAD, e verificarem o grau de implementação e impacto de alguns projectos do Governo financiados por aquela instituição financeira, em especial a Barragem de Massingir, província de Gaza.
“Apesar da descoberta de recursos naturais, Moçambique continua a acreditar no papel fundamental da agricultura”, disse o ministro. Segundo o ministro, tem havido grandes investimentos públicos e privados, concretamente nos regadios, investigação e extensão agrária; porém continua ainda o desafio da mobilização de recursos à agricultura, incluindo o turismo e a energia que são sectores com potencial e que podem diversificar a economia moçambicana.
A missão do BAD, segundo um comunicado de imprensa do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD) recebido pela AIM, manifestou satisfação com a implementação dos projectos no país, mostrando interesse em apoiar áreas concretas ao nível de corredores de desenvolvimento, devendo o governo definir as prioridades.
O Governo e o Banco Africano de Desenvolvimento assinaram recentemente, um acordo de crédito para o Projecto de Reabilitação do Regadio do Baixo Limpopo no valor de 44 milhões de dólares americanos. Trata-se de um crédito financiado pelo Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) para a operacionalização do Plano Estratégico de Desenvolvimento Agrário (PEDSA) do Ministério da Agricultura.
O mesmo servirá para a reabilitação de 3.050 hectares do perímetro irrigado do Baixo Limpopo prevendo-se que beneficie cerca de 8200 famílias camponesas e agricultores emergentes onde 52 por cento são mulheres.