O Governo, através do Ministério da Juventude e Desportos (MJD), está a negociar com entidades chinesas a construção de mil casas de baixo custo para jovens na província de Sofala.
As casas deverão ser erguidas no distrito do Dondo, a cerca de 30 quilómetros da cidade da Beira, segundo o director de programas no Instituto Nacional da Juventude, Elias Wiliam.
Elias William deu a conhecer o referido projecto, Quinta-feira, quando se encontrava reunido com associações juvenis, para com eles interagir em torno das acções em curso em prol do referido estrato social.
Ele disse que ainda é prematuro entrar em detalhes sobre o projecto, mas garantiu que neste momento “estamos numa fase de discussão sobre a iniciativa”. Até ao primeiro trimestre do próximo ano “teremos concluídos os termos de referência, para depois se avançar com o projecto”.
“O que queremos é que o jovem possa conseguir comprar uma casa mesmo que ganhe pouco. Mas não gostaria de entrar em detalhes para não atrapalhar o curso das negociações que estamos a ter com os parceiros”, anotou.
Jornalistas locais, no fim do encontro, questionaram-no sobre quanto poderão custar as casas e respondeu:
“Não temos os números, isto está a ser trabalhado. Há um valor indicativo, mas não é oportuno avançar agora. O que é facto é que há um cometimento no sentido de avançarmos com este projecto”.
Na reunião com as associações juvenis, Elias Wiliam disse que a habitação para jovens é uma das principais preocupações do Governo. Por isso consta das políticas públicas da juventude que estão sendo implementadas.
FAIJ Descentralizado
O director de programas no Instituto Nacional da Juventude afirmou que o Fundo de Apoio a Iniciativas Juvenis (FAIJ) será descentralizado a partir do próximo ano.
O FAIJ é um instrumento criado há cinco anos para o combate à pobreza, através de financiamento de projectos de auto-emprego da iniciativa de jovens, no quadro da implementação das políticas públicas da juventude.
Elias Wiliam explicou que neste momento os projectos que os jovens desenham no âmbito do referido fundo são aprovados ao nível central, o que cria transtornos devido à morosidade no processo de avaliação e aprovação das propostas, tendo em conta que “recebemos muitas vindas de todas as províncias”.
Por isso, as direcções provinciais da Juventude e Desportos são as que passarão a fazer análise e aprovação dos projectos e ao nível central apenas serão alocados fundos, que serão diferentes, para cada província, em função das características de cada uma, como, por exemplo, o número de associações e da população em geral.
“Estamos a trabalhar e muito brevemente o fundo será descentralizado para as províncias. Este processo resulta da experiência que tivemos na implementação do fundo ao longo destes anos. Sentimos que se tem verificado alguma morosidade a partir da submissão dos projectos na direcção provincial até à aprovação e alocação dos recursos financeiros.
Levamos muito tempo. Portanto, está a trabalhar-se neste momento no sentido de garantir que o fundo seja descentralizado para que estejam mais próximos dos beneficiários, que são os jovens moçambicanos”, palavras de Elias Wiliam.