A Grã-Bretanha gostaria de reconhecer formalmente a incipiente coligação da oposição síria, mas precisa de saber mais sobre os seus planos, disse, esta Sexta-feira (16), o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague.
O grupo foi formado em Doha no fim de semana numa tentativa de unificar o movimento rebelde que tenta derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, e assegurar reconhecimento internacional e armas.
A França tornou-se a primeira potência europeia a reconhecer o novo grupo, Terça-feira, mas outros países ocidentais estão cautelosos, sobretudo devido à presença de radicais islâmicos entre os rebeldes e acusações de investigadores da ONU de crimes de guerra cometidos por combatentes rebeldes.
“Nós gostaríamos de poder, num estágio inicial, reconhecê-los como o único representante legítimo do povo sírio”, disse Hague a repórteres. “Precisamos de suas garantias sobre ser inclusivo a todas as comunidades.”
O chanceler britânico pediu que a coligação da oposição defina um plano credível para a transição política e amplie o seu apoio entre o povo sírio como condições para o reconhecimento oficial da Grã-Bretanha.
Hague disse que a nomeação de um vice-presidente e a demonstração de um claro compromisso com os direitos humanos também são prioridades urgentes.
Estima-se que 38.000 pessoas foram mortas desde o início do levante contra Assad, em Março do ano passado.