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Cientistas concluem mapeamento do genoma suíno

Cientistas concluíram o mapeamento genético do porco doméstico, num projeto que pode ampliar o uso do animal para a produção de carne e o teste de medicamentos para humanos.

Estudo publicado na revista “Nature” identificou genes que podem estar associados a doenças que afetam criações suínas, o que será uma referência para cruzamentos seletivos que melhorem a resistência dos animais.

Alan Archibald, do Instituto Roslin (Escócia), que participou do projeto com colaboradores de Holanda e Estados Unidos, disse que o novo sequenciamento genético é um esboço inicial satisfatório. Archibald disse que a compreensão sobre os resultados ainda vai demorar, mas que os benefícios serão mais imediatos na suinocultura do que, por exemplo, na medicina humana, “porque podemos usar cruzamentos seletivos”.

A identificação de genes associados a doenças que também afetam humanos pode levar ao uso mais intensivo dos porcos em testes com medicamentos.

Um exemplo: a chamada síndrome do stresse suíno, doença hereditária que causa morte súbita em porcos, tem semelhanças com a hipertermia maligna, que provoca uma perigosa e rápida elevação na temperatura de pessoas sob anestesia geral. Alguns defeitos genéticos que os porcos partilham com os humanos podem estar associados a condições tão variadas quanto o mal de Alzheimer, diabetes, dislexia, obesidade e mal de Parkinson, disseram os pesquisadores.

“Ao todo, encontramos 112 posições onde a proteína suína tem o mesmo aminoácido que está implicado numa doença em humanos”, diz o estudo.

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