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EUA acolhem a nova coligação da oposição síria e prometem mais ajuda

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, descreveu, esta Quarta-feira (14), como um passo importante a formação de uma coligação de oposição na Síria, que pode ajudar o governo norte-americano a direccionar melhor a sua ajuda, mas não ofereceu reconhecimento total ou armamentos.

A França tornou-se a primeira potência europeia a reconhecer a nova coligação de oposição síria como o único representante do povo sírio e disse, Terça-feira, que vai analisar se armaria os rebeldes contra o presidente Bashar al-Assad.

Seis Estados do Golfo Árabe reconheceram a coligação, Segunda-feira, mas os Estados Unidos querem ver a nova oposição demonstrar que pode influenciar os acontecimentos no território do país.

“Há muito tempo nós pedimos por este tipo de organização. Queremos ver se esse impulso será sustentado”, disse Hillary a jornalistas na cidade australiana de Perth.

“Conforme a oposição síria dá estes passos e demonstra a sua eficácia em promover o avanço da causa de uma Síria unificada, democrática e pluralista, estaremos preparados para trabalhar com eles para oferecer assistência ao povo sírio”.

Após vinte meses de revolta sangrenta, os grupos de oposição sírios fragmentados fecharam um acordo no Catar, Domingo, para formar uma coligação liderada pelo clérigo de Damasco Mouaz Alkhatib, que fez um apelo por reconhecimento internacional.

Hillary anunciou um adicional de 30 milhões de dólares em ajuda para as pessoas afectadas pela guerra na Síria, após reunião em Perth envolvendo o seu homólogo australiano, Bob Carr, e o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, e o seu colega australiano no mesmo cargo, Stephen Smith.

O auxílio será fornecido através do Programa Mundial de Alimentos, que está a fornecer ajuda alimentar a mais de um milhão de pessoas na Síria e cerca de 400 mil refugiados nos países vizinhos, como a Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque.

Os fundos adicionais elevam a ajuda humanitária dos EUA aos afectados pela crise síria para quase 200 milhões de dólares, disse Hillary.

Os EUA disseram que, apesar de não fornecerem armamentos para os opositores internos de Assad e de estarem a limitar a sua ajuda para assistência humanitária não-letal, reconhecem que alguns dos seus aliados estão a oferecer assistência com armamentos.

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