O Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), previsto para 19 Novembro em Bruxelas, tem inscrito na sua agenda a tomada de sanções contra o Ruanda devido ao seu suposto apoio ao grupo rebelde congolês M 23, anunciou um comunicado divulgado, Terça-feira (13).
Segundo o comunicado, os ministros europeus examinarão a possibilidade de decretar igualmente sanções contra os dirigentes do grupo rebelde congolês M 23.
Um funcionário europeu, sob anonimato, indicou que não estavam excluídas sanções contra o ministro ruandês da Defesa, James Kabarebe, acusado pelos peritos da ONU de ser o comandante do grupo rebelde M 23.
As sanções abrangem geralmente a interdição do dirigente visado de viajar para a Europa e a apreensão dos seus bens nos bancos da Europa.
Os combatentes do M 23 capturados pela Missão das Nações Unidas na RD Congo (MONUSCO) designaram o general James Kaberebe como o comandante do grupo rebelde congolês que desencadeou uma insurreição que provocou a deslocação de dezenas de milhares de mulheres e crianças, criando uma verdadeira catástrofe humanitária em Kivu, no leste da RD Congo.
No quadro das sanções, a Bélgica decidiu recentemente pôr termo à cooperação militar com o Ruanda, seguindo outros países europeus como a Suécia e os Países Baixos, que já suspenderam a sua cooperação com este país africano.
A União Europeia decidiu cancelar o financiamento de novos projectos de desenvolvimento no Ruanda depois da expiração das operações de ajuda actualmente em curso.