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Militantes de Gaza sinalizam trégua com Israel

Militantes palestinos indicaram, Segunda-feira (12), que estão dispostos a uma trégua com Israel, após quatro dias em que o sul de Israel foi atingido por foguetes disparados da Faixa de Gaza.

Não houve reacção imediata de Israel, que já havia avisado da sua intenção de intensificar os bombardeios contra Gaza caso os foguetes não parassem de cair no seu território.

Os líderes do Hamas, facção islâmica que governa Gaza, reuniram-se, na noite da Segunda-feira, com a Jihad Islâmica e outros grupos e disseram que vão responder de acordo com o comportamento de Israel – uma fórmula usada nas crises anteriores para oferecer um cessar-fogo.

“Se estiverem interessado na calma, eles devem parar a agressão”, disse Sami Abu Zuhri, do Hamas, à Reuters. Segundo ele, os palestinos estão a agir em defesa própria.

“A bola agora está na quadra de Israel. As facções da resistência vão observar o comportamento de Israel no terreno e vão agir de acordo com isso”, disse Khaled al Batsh, do grupo Jihad Islâmica.

Ao longo do dia, no entanto, Israel alertou para o risco de uma escalada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou embaixadores estrangeiros, numa aparente tentativa de esvaziar preventivamente críticas internacionais a Israel.

Netanyahu recebeu os diplomatas na cidade portuária de Ashkelon, que está ao alcance de alguns foguetes palestinos.

“Nenhum dos seus governos aceitaria uma situação dessas”, disse ele.  Terça-feira (13), Netanyahu deve reunir nove ministros de alto escalão para decidir um rumo de acção.

A Rádio Israel disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, general Benny Gantz, encontraram-se com Netanyahu, na noite da Segunda-feira, para apresentar possíveis cenários de um ataque.

O ministro do Meio Ambiente, Gilad Erdan, influente membro do Partido Likud, de Netanyahu, disse que o objectivo da reunião era preparar a opinião pública mundial para “o que está prestes a acontecer”.

Em 2008-09, uma ofensiva militar semelhante causou um grande número de mortes civis, atraindo condenação internacional. Segundo Erdan, “o Hamas tem a responsabilidade” pela nova crise.

“Os cabeças do Hamas deveriam pagar o preço e não dormir à noite. Espero ver não só o retorno dos assassinatos dirigidos, mas também uma actividade muito ampla” por parte do Exército, disse ele à Rádio Israel, acrescentando que a actividade militar deve intensificar-se nas próximas horas.

O Hamas participou de alguns lançamentos de foguetes no fim de semana, mas não reivindicou a autoria de ataques da Segunda-feira, num sinal de que o grupo procura recuar da beira do abismo.

Os militares israelitas disseram que os palestinos dispararam 12 foguetes, Segunda-feira, de um total de 119 desde Sábado.

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