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China diz que superou efetivamente as dificuldades na economia

A China anunciou neste sábado que está efetivamente superando as dificuldades da economia e deverá atingir a meta de crescimento para o ano, em mais boas notícias para os chefes do Partido Comunista, que se encontrarão em Pequim para nomear novos líderes para a próxima década.

A segunda maior economia do mundo interrompeu a tendência de desaceleração, disse o chefe da agência de planejamento económico do país, acrescentando estar confiante de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passará dos 7,5 por cento em 2012.

Zhang Ping, chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, falou com repórteres nos bastidores do 18º Congresso do Partido, no qual o presidente Hu Jintao, que deixará o cargo, disse que a China deve dobrar seu PIB e renda per capita de 2010 a 2020, como sugeriam dados anteriores.

Jintao afirmou que o desenvolvimento da China deve ser “muito mais equilibrado, coordenado e sustentável”. Nos últimos anos, o partido ligou sua legitimidade ao crescimento econômico e à retirada de centenas de milhões de pessoas da pobreza.

“Sinais de estabilização na economia estão ficando mais óbvios em outubro. Estamos totalmente confiantes de que podemos atingir a meta de crescimento para este ano. Em outras palavras, estamos capazes de manter o crescimento econômico acima de 7,5 por cento”, afirmou Zhang, que ainda fez um alerta. “Não ousemos diminuir nossa vigilância”, afirmou. “O fundamento da estabilização econômica não está sólido o suficiente… Com o pano de fundo de uma persistente crise financeira global, assim como uma nova situação e problemas na economia, devemos nos preparar para lidar com dificuldades e desafios no longo prazo.”

A economia chinesa andou a passos largos para se recuperar de seu crescimento mais baixo em três anos, como mostraram dados divulgados na sexta-feira. Houve aceleração do investimento em infraestrutura e a maior produção industrial em cinco meses.

Dados deste sábado mostraram que o superávit comercial do país chegou à máxima de 45 meses em outubro, com o crescimento das exportações no maior patamar em cinco meses, para 11 por cento, superando expectativas e trazendo mais um dado que sugere necessidade menos urgente de novas medidas de estímulo à economia.

O crescimento econômico anual foi a 7,4 por cento no terceiro trimestre, o mais fraco desde o início de 2009, deixando a economia a caminho de ter o seu pior ano desde 1999. Mas o chefe do Banco Central, Zhou Xiaochuan, afirmou na quinta-feira que os riscos globais ainda são grandes e que o Banco do Povo da China tem margem para compensá-los, se necessário.

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