Israel fez um alerta, esta Sexta-feira (9), ao presidente sírio, Bashar al-Assad, para impedir que os ataques contra insurgentes recaiam sobre a região ocupada por Israel das Colinas de Golã, afirmando que está preparado para defender-se.
As Colinas de Golã, território que o governo sírio perdeu para Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967 e que na maior parte do tempo vive sob clima de tranquilidade há décadas, foi repetidamente atingido, esta semana, pelo que os israelitas afirmam ser artilharia síria sem direcção.
Ninguém ficou ferido, porém os nervos afloraram em Israel, que tenta ficar afastado do conflito que está a devastar o antigo inimigo logo ao lado.
“Nós vemos o regime na Síria como responsável pelo que está a acontecer ao longo da fronteira”, disse o vice-primeiro-ministro israelita, Moshe Yaalon, em comunicado.
Referindo-se à guerra civil síria que dura há 19 meses, ele disse: “Se virmos que está a espalhar-se em nossa direcção saberemos como defender os cidadãos do Estado de Israel e a soberania do Estado de Israel.”
Yaalon disse que a Síria havia anteriormente “se conduzido de forma apropriada” depois de receber tais mensagens. “Espero que neste caso, também, haja alguém na Síria que irá assumir o assunto em suas mãos.”
Questionado sobre a bomba morteiro que caiu sobre um assentamento no Golã, Quinta-feira, o ministro de Defesa israelita, Ehud Barak, relacionou o incidente às operações militares sírias contra rebeldes nas proximidades.
“Deixamos claro via a Operação de Paz das Nações Unidas nas Colinas de Golã (UNDOF) que pretendemos que não haja mais bombas caindo sobre nós”, Barak disse à televisão israelita, referindo-se ao grupo de observadores da ONU nas colinas do Golã.
Barak não elaborou sobre os planos de Israel, dizendo apenas: “Espero que isto não continue, e que os rebeldes vençam na Síria, que Assad caia e que, finalmente, uma nova etapa na vida da Síria comece.”
