Um atentado suicida matou pelo menos 40 pessoas numa mesquita na região relativamente pacífica do norte do Afeganistão, no momento em que os fiéis reuniam-se para as orações que marcam o feriado islâmico Eid al-Adha, informaram as autoridades policiais.
O ataque em Maimana, capital da província de Faryab, também feriu 40 pessoas, de acordo com o chefe da polícia regional, general Abdul Khaliq Aqsai, que colocou a culpa no Taliban. Um porta-voz do grupo extremista disse que estavam a investigar para descobrir quem era o responsável.
“O homem-bomba detonou explosivos quando os nossos compatriotas estavam a cumprimentar-se pelo feriado de Eid”, disse o porta-voz da polícia no norte do Afeganistão, Lal Mohammad Ahmadzai, acrescentando que quase metade das vítimas era de policiais.
Ele disse que Aqsai parecia ser o alvo. “Logo que o chefe da polícia entrou no seu veículo, o homem-bomba detonou os seus explosivos”, disse Ahmadzai. Cerca de 20 corpos, alguns com uniformes de polícia, estavam no chão em frente aos portões da mesquita enquanto a fumaça subia.
O ataque, que ocorreu por volta das 9h no primeiro dia do feriado islâmico, aconteceu pouco antes de o presidente Hamid Karzai repetir o seu pedido para que o Taliban se unisse ao governo.
“Se vocês (Taliban) querem vir ao governo são bem-vindos. Vocês têm direitos como afegãos e como muçulmanos”, afirmou num discurso para marcar o início do Eid na capital, Cabul.
Os governos afegão e norte-americano procuram fazer negociações de paz em separado com o Taliban, uma vez que o prazo de 2014 para a retirada das tropas estrangeiras se aproxima.
Karzai condenou o ataque à mesquita num comunicado. A violência está a intensificar-se pelo país 11 anos após o início da guerra comandada pela NATO, despertando preocupações de como os 350.000 soldados das forças de segurança afegãs, que frequentemente são alvo do Taliban, irão actuar quando as tropas estrangeiras deixarem o país.

