Moçambique vai, brevemente, contar com um Centro de Atendimento Empresarial, que visa facilitar o desenvolvimento da actividade do empresariado nacional nas vertentes implementação de projectos,
investimentos, oportunidades de negócios, parceria externa, entre outros, segundo revelou, ontem, a directora do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME).
Odete Tsamba, que falava à margem do seminário Moçambique-Brasil realizado esta quarta-feira, em Maputo, indicou que o Centro de Atendimento Empresarial vai preencher a “lacuna que existe no sector, onde os pequenos e médios empresários locais ainda não têm onde possam obter informação de base, nomeadamente sobre oportunidades de negócios, investimentos, desenho de projectos, financiamentos, parceria externa, entre outras necessidades”.
“Têm sido aprovados pelo
Governo vários instrumentos para o apoio, simplificação de procedimentos para a actividade empresarial, mas que muitas vezes não têm sido do conhecimento dos pequenos empresários”, referiu Tsamba, ajuntando que o Centro “vai providenciar esta informação aos beneficiários”.
O Centro, cujas modalidades de estabelecimento ainda estão em debate, deverá igualmente, segundo a directora do IPEME, providenciar acções de formação na área de desenvolvimento empresarial.
“Queremos encontrar a melhor forma de estabelecer o novo Centro de Atendimento, tendo em conta os outros instrumentos já aprovados pelo Governo, designadamente os BAUs – Balcões
de Atendimento Único, Call Center, entre outros”, apontou Tsamba.
No seminário bilateral, em que tomaram parte instituições envolvidas na promoção de pequenas e médias empresas nacionais e o SEBRAE – o serviço de apoio às micro e médias empresas brasileiras, foram debatidas as linhas de cooperação no sector com aquele país lusófono.
Presente no encontro, o assessor internacional do SEBRAE, José Marcelo, disse acreditar que a experiência da sua instituição poderia ser progressivamente transmitida para a instalação do Centro de Atendimento Empresarial em Moçambique.
“Trazemos a ideia de que é preciso tratar as pequenas e médias empresas duma forma diferenciada, dada a importância que têm para a economia local e o SEBRAE tem produtos e serviços desenvolvidos especificamente para esses segmentos de economia, focados na área de capacitação para gestão, negócios, consultoria na área de tecnologia, recursos financeiros, entre outros”, afirmou. XG