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Bandidos amarram guarda e incendiam secretaria da Escola Amílcar Cabral na Beira

Indivíduos ainda desconhecidos amarraram o guarda da Escola Primária Amílcar Cabral, no bairro da Munhava, arredores da cidade da Beira, tendo de seguida incendiado a secretaria do estabelecimento de ensino.

O caso deu-se na madrugada desta Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012. Trata-se de um caso que está a agitar sobremaneira os residentes do bairro, tendo em conta que é na secretaria onde se encontravam depositados todos os processos dos alunos que frequentam a escola, e dá-se numa altura em que se aproxima a época dos exames.

É na secretaria onde igualmente encontram-se depositados todos processos administrativos da escola. A Escola beneficiou, no passado dia 5 de Outubro, de novas carteiras disponibilizadas pelo governo provincial, num lote de 225 unidades duplas.

A Escola Primária Amílcar Cabral também conta com uma nova directora empossada a cerca de um mês, que veio substituir o anterior que permaneceu no cargo mais de dez anos.

O que é estranho neste caso é que, geralmente, os bandidos quando se introduzem num determinado estabelecimento o objectivo tem sido de roubar. Este, entretanto, trata-se de um caso invulgar em que os bandidos introduzem-se numa escola, amarram o guarda e culminam a sua acção incendiando apenas a secretaria.

O bairro da Munhava acordou agitado, esta Quinta-feira. Muitos residentes acorreram ao local para acompanhar de perto o que de facto havia sucedido. Já há muitas especulações em torno deste caso.

O facto de a escola estar localizada num bairro de predominância política do MDM, que governa a cidade da Beira, e ter recebido carteiras disponibilizadas pelo governo provincial está a ser motivo de especulação.

Outro motivo de especulação é a nomeação, há cerca de um mês, de uma nova directora para substituir o anterior que ficou mais de dez anos no cargo.

Há quem alega que a acção pode ter visado a destruição de processos administrativos como forma de encobrir eventuais irregularidades cometidas ao longo da gestão do anterior director da escola.

Mas o visado, José Chacunda, fez-se de imediato à escola e defendeu-se, afirmando à multidão que acorreu ao local que jamais seria capaz de engendrar uma acção do género, assumindo que os cargos de direcção não são eternos e tinha plena consciência que um dia podia cessar.

Não se sabe ainda como será dada a volta, principalmente aos alunos que têm de ser submetidos aos exames agora no final do ano lectivo em curso.

Os bombeiros foram chamados ao local e, embora a sua intervenção não foi capaz de evitar os estragos registados na secretaria, onde toda a documentação ficou transformada em cinza, pelo menos deu para evitar que o fogo se alastrasse para outros compartimentos da escola.

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