O presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, fez, esta Quarta-feira (10), a primeira mudança no seu gabinete desde que foi reeleito no fim de semana ao nomear como vice-presidente o actual chanceler Nicolás Maduro, um dos seus colaboradores e amigos mais próximos nos seus quase 14 anos de governo.
Maduro, ex-motorista de autocarro de 49 anos, substituirá no cargo Elías Jaua, que disputará o estratégico governo de Miranda com o líder opositor Henrique Capriles, que perdeu as eleições presidenciais de Domingo por 11 pontos percentuais.
A ascensão do chanceler é de vital importância no organograma do Executivo, onde faz parte de um sector civil mais moderado em contraposição a Jaua, que representa a facção mais radical e ideológica do chavismo.
O vice-presidente é o sucessor constitucional de Chávez se o cancro, do que se declarou curado em Julho, reaparecer e deixá-lo incapacitado temporariamente ou absolutamente após tomar posse em Janeiro.
Neste caso, novas eleições devem ser convocadas. “Demos um aplauso de apoio, de estímulo, ao novo vice-presidente”, disse Chávez ao ser proclamado como presidente eleito pelo poder eleitoral, onde agradeceu Jaua por seu trabalho e por aguentá-lo, “o que não é coisa fácil.”
Maduro, um ex-líder sindical, foi um dos primeiros civis a unir-se ao movimento boliviano nos anos 1990, quando aproximou-se do militar aposentado enquanto estava na prisão por seu fracassado golpe de Estado em 1992.
A sua mulher, a advogada Cilia Flores e actual procuradora-geral da República, também tem sido muito próxima de Chávez.
Maduro passou por várias áreas do governo desde a vitória de Chávez em 1998, primeiro como membro da Assembleia Nacional Constituinte, que redigiu a nova Carta Magna, logo como deputado e presidente do legislativo e desde 2006 como chanceler.
