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Trabalho sobre partículas quânticas ganha Prémio Nobel de Física

Um francês e um norte-americano ganharam, Terça-feira (9), o Prémio Nobel de Física por descobrirem maneiras de mensurar partículas quânticas sem destruí-las, o que pode levar ao desenvolvimento de um novo tipo de computador, muito mais poderoso que os actuais.

Serge Haroche, da França, e David Wineland, dos EUA, ambos de 68 anos, encontraram formas de manipular minúsculas partículas de matéria e luz, a fim de observar estranhos comportamentos que antes só podiam ser imaginados em equações e experiências mentais.

“Os laureados do Nobel abriram as portas a uma nova era de experimentação com a física quântica, ao demonstrar a observação directa de partículas quânticas individuais sem destruí-las”, disse a Real Academia Sueca de Ciências, que concedeu o prémio, num total de 8 milhões de coroas (1,2 milhão de dólares).

“Talvez a computação quântica mude o nosso quotidiano neste século da mesma maneira radical como a computação clássica fez no século passado”, disse a comissão. Haroche disse que andava na rua com a sua mulher quando reconheceu o código telefónico da Suécia na chamada de celular que lhe informou do prémio.

“Eu vi o código de área 46, aí sentei-me”, contou ele a jornalistas por telefone. “Primeiro liguei para os meus filhos, aí liguei para os meus colegas mais próximos, sem os quais eu nunca teria ganhado esse prémio.”

Sobre a comemoração, ele disse: “Vou tomar champanhe, claro.” À Reuters, ele disse que o prémio vai dar-lhe uma plataforma para divulgar “ideias, não só nesse campo de pesquisas, mas para a pesquisa em geral, a pesquisa fundamental”.

Segunda-feira (8), os cientistas do Japão e Grã-Bretanha dividiram o Nobel de Fisiologia ou Medicina, por suas pesquisas com células-tronco adultas. Os prémios Nobel de Química, Literatura e Paz, instituídos em 1901, serão anunciados nos próximos dias.

Há também um Nobel económico, que não faz parte da lista original de prémios instituída no testamento do inventor Alfred Nobel. A física quântica estuda o comportamento dos “tijolos” do universo, numa escala inferior à dos átomos.

Nessa situação, minúsculas partículas comportam-se de formas estranhas, que só podem ser descritas pela matemática avançada. Os pesquisadores há muito tempo sonham com “computadores quânticos” que operem usando essa matemática, podendo assim realizar cálculos muito mais complicados e armazenar muito mais dados do que nos computadores clássicos.

Mas só será possível produzir essas máquinas se o comportamento individual das partículas for compreendido. Os dois cientistas premiados trabalham no campo de óptica quântica, estudando as interações fundamentais entre luz e matéria.

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