A Liga Desportiva Muçulmana venceu no passado domingo (08) o Interclube de Angola e garantiu presença no Campeonato Africano de Basquetebol (Afrobasket) Feminino a decorrer de 19 a 28 do mês em curso na Costa do Marfim.
Em masculinos, o campeão nacional, Ferroviário de Maputo, viu a oportunidade de participar do certame ser uma autêntica miragem depois de consentir uma vergonhosa derrota diante do Petro de Luanda.Heroínas. É o único adjectivo que cabe às atletas da Liga Muçulmana pela brilhante actuação feita no pavilhão do Desportivo de Maputo, sobretudo na etapa final quando as “muçulmanas” resistiram à pressão das angolanas.
Matematicamente, uma vez ter se tratado de um confronto directo, por mais que a vice-campeã tivesse saído derrotada, o lugar já estava garantido visto que as três primeiras equipas têm acesso ao “Afrobasket”. A terceira passa por repescagem. Aliás, a representante moçambicana garantiu a qualificação antes do jogo com a derrota do 1º de Agosto frente à A Politécnica.
Entretanto, no lugar garantir somente a qualificação, estava também em jogo, para as duas equipas, a necessidade de saber qual delas era a melhor. Os dois combinados entregaram-se totalmente em embate e a vice-campeã nacional assumiu a vantagem no marcador – embora mínima – desde o primeiro quarto de hora quando saiu a vencer por 18 a 14.
No segundo quarto, a luta pelo melhor resultado manteve-se e houve um jogo verdadeiramente aguerrido. Contudo, as duas equipas falharam muito na finalização. Por mera sorte, a Liga não viu o Interclube de Luanda assumir a vantagem no marcador. Neste período, as moçambicanas conseguiram sete pontos contra nove das angolanas, o que reduziu a diferença pontual para apenas dois até ao intervalo.
No reatamento da partida, no terceiro período, a equipa visitante tentou mudar o cenário. Porém, encontrou uma Liga bastante motivada e protagonista de um jogo de encher os olhos. Não deu tréguas à adversária. Até ao fim deste tempo, nove pontos separavam os dois conjuntos com vantagem clara para a Liga.
A história do jogo podia ter sido outra se a Liga Muçulmana tivesse continuado sem argumentos suficientes para assegurar a vantagem face à pressão adversária. Embora tenha ficado mais contraída, deixando-se domar pelo nervosismo, o que a fez perder muitas bolas e cometer alguns “turn-overs”, continuou a mostrar garra.
A superioridade pontual a favor da Liga anulou-se a um minuto do fim da partida quando já vencia por diferença três. Foi preciso aplicar alguma contenção de jogo, com bloqueios e gestão de tempo para nos 60 segundos remanescentes evitar algum descalabro. E fê-lo com mestria. Assim, o Interclube ficava na segunda posição e o 1º de Agosto repescado para o Afrobasket.
Em masculinos, Angola dominou o torneio e qualificou todas as suas equipas que tomaram parte do evento em Maputo, nomeadamente: 1º de Agosto (vencedor), Petro Angola (2º classificado) e Libolo (repescado). O Ferroviário de Maputo terminou a prova na quarta posição com nove pontos, fruto de três vitórias e igual número de jogos.