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Agriterra vira atenções para agricultura em Moçambique

A Agriterra, uma multinacional cotada na Bolsa de Valores de Londres, anunciou, Quarta-feira (3), que tenciona vender 20 por cento das suas acções num bloco de prospecção de petróleo na Etiópia para financiar as suas actividades agrícolas em Moçambique e Serra Leoa.

A companhia espera vender a sua participação no bloco South Omo à subsidiária etíope da gigante petrolífera Marathon Oil pela soma de 50 milhões de dólares.

Contudo, a venda carece do aval do Ministério das Minas da Etiópia e das companhias Tullow Oil e Africa Oil, que também integram o consórcio.

Anteriormente a Agriterra era designada por White Nile Limited, uma empresa especializada na exploração de petróleo.

Contudo, em 2008 decidiu apostar na actividade agrícola. Desde então, a Agriterra investiu na produção de gado em Moçambique, através da empresa Mozbife, na província central de Manica.

A Agriterra também é proprietária da Desenvolvimento e Comercialização Agrícola Limitada (DECA), uma empresa com sede em Chimoio, província de Manica, que compra milho produzido pelos milhares de pequenos agricultores da região e está a expandir a produção e processamento deste cereal.

A Compagri Limitada, uma outra empresa pertencente a Agriterra, copia o modelo da DECA na cidade de Tete, capital da província que ostenta o mesmo nome. A Agriterra também possui um matadouro em Chimoio e vários talhos nas cidades de Chimoio e Tete.

Comentando sobre o acordo com a Marathon Oil, o director executivo da Agriterra, Andrew Groves, disse “os fundos resultantes desta venda vão permitir concretizar os nossos planos para uma rápida expansão na área agrícola, e permitir que a companhia se torne efectivamente num grupo pan-africano produtor e processador de alimentos de vulto”.

Prosseguindo, Groves disse que “em Moçambique as nossas ambições de crescimento incluem a expansão da nossa manada de gado de corte de 4.000 para 10.000 cabeças até finais de 2015, e a implementação de uma operação de produção de carne integrada através do desenvolvimento de um matadouro com capacidade para abate de 4.000 cabeças de vaca e uma rede de talhos”.

Refira-se que o Presidente do Conselho de Administração da Agriterra é o antigo jogador britânico de cricket Phil Edmonds.

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