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Exportação de castanha de cajú rende cinco milhões USD em seis meses

A exportação de 5.872 toneladas de castanha de caju em bruto realizada no primeiro semestre de 2012 rendeu ao Estado moçambicano cinco milhões de dólares norte-americanos. O Ministério da Agricultura (MINAG) indica que a maior parte da castanha foi exportada para a Índia, que é, até ao momento, o maior mercado comprador da castanha nacional.

Entretanto, a campanha de comercialização 20110/11 está praticamente terminada, observando-se ainda a transacção de pequenas quantidades de castanha principalmente no mercado informal, com vista a alimentar os mercados de amêndoa domésticos e regionais.

“Os preços de exportação da campanha 2011/12 observaram um decréscimo próximo de 36 por cento em relação à campanha anterior, derivado de factores socioeconómicos adversos”, revelam dados do MINAG que destaca ainda que, na altura, no arranque da campanha, em Outubro de 2011, foram comercializadas cerca de 64 mil toneladas na zona norte, com destaque especial para a província de Nampula que entrou com 40 por cento da castanha comercializada.

“Esta foi uma das piores campanhas registadas nos últimos anos, facto que se deveu a uma combinação de vários factores adversos, sendo de destacar os de natureza climática (temperatura, humidade, precipitação) que resultaram em ciclones, ventos fortes, granizo e excesso de chuvas”.

A estes factores se juntaram os bióticos, que resultaram numa maior incidência de pragas e doenças do cajueiro. Acrescentam-se ainda os factores sócio -económicos que condicionaram os níveis de comercialização da castanha, com destaque para a crise financeira mundial e a consequente redução da procura da amêndoa e castanha de caju, a estabilização e valorização do Metical, e a desvalorização da Rupia indiana.

Estes factores influenciaram negativamente o preço da castanha ao produtor e a consequente retenção desta nas mãos dos produtores, aguardando uma eventual melhor oportunidade, que entretanto não apareceu. Assim, a meta estabelecida em 112 mil toneladas foi realizada em 57 por cento, tendo o preço médio no mercado interno se situado nos 13,5 Mt/kg contra os cerca de 20 Mt/Kg da campanha 2010/11. O preço médio de exportação foi de USD700/Tonelada contra os 1.300 da campanha passada.

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