O rei Abdullah, da Jordânia, dissolveu, Quinta-feira (40, o protocolar Parlamento nacional, abrindo caminho para a convocação de eleições para o início do próximo ano.
O anúncio foi feito na véspera de um comício organizado pela Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição, que tem pressionado o rei a acelerar reformas políticas.
O decreto de dissolução publicado pela imprensa estatal não cita a data das eleições que definirão a nova Câmara dos Deputados, com 120 membros. O rei tem dito repetidamente que deseja realizar eleições ainda este ano, ou no início do próximo.
Em Julho, o governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Fayez al Tarawneh aprovou uma lei eleitoral que irritou a oposição islâmica, levando-a a anunciar um boicote eleitoral a não ser que as suas exigências de maior representatividade sejam atendidas.
A lei eleitoral preservou um sistema que marginaliza a representação de jordanianos de origem palestina, base de apoio dos políticos islâmicos.
O eventual boicote da Frente da Acção Islâmica, braço político da irmandade, pode abalar a legitimidade do futuro Parlamento.