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Rapariga de 21 anos de idade violada sexualmente em Maputo

Rapariga de 21 anos de idade violada sexualmente em Maputo

Quatro jovens, agora a contas com a Polícia da República de Moçambique, violaram sexualmente, e sem protecção, uma rapariga de 21 anos de idade na madrugada do último domingo no interior do mercado Museu, na cidade de Maputo. A vítima chama-se Cacilda, reside na Catembe, e teve de ficar em observação por dois dias no Hospital Central de Maputo.

Tudo começou no sábado passado, quando Cacilda foi convidada por um amigo de nome Filipe Fabião para um passeio algures na cidade de Maputo. Ambos saíram da Catembe e atravessaram a baía no princípio da tarde.

Por volta das 15 horas escalaram o mercado Museu, onde ficaram a consumir bebidas alcoólicas até altas horas da noite. Para além deles, havia mais três jovens conhecidos de Filipe Fabião. O “convívio” continuou pela noite dentro até que a dona da barraca onde estavam encerrou-a.

“Já era tarde, mas fomos para um outro estabelecimento, mesmo dentro do mercado. Compravam-me cerveja enquanto eles consumiam Tentação”, contou Cacilda, que afirma que, a seguir, Filipe Fabião e os três comparsas iniciaram uma cena de assédio sexual com actos de violência à mistura, uma vez que ela estava embriagada. “Agarraram-me à força e violaram-me. Isso foi na madrugada de domingo”.

Mas que relação há entre a vítima e Filipe Fabião?

“Ele não é meu namorado. Conheci-o numa barraca na Catembe”. Cacilda Manganhela explicou ainda que consumado o abuso sexual, apareceu um jovem chamado Augusto, também residente na Catembe, que considera herói, e socorreu-lhe. Levou-a para um resguardo nas proximidades do Jardim dos Professores, na avenida Patrice Lumumba, em frente da Escola Secundária Josina Machel, a fim de pô-la a descansar.

Entretanto, entre os violadores há os que ainda não tinham satisfeito os seus apetites sexuais, tendo seguido a jovem até ao local, onde a violaram pela segunda vez. Apesar de estar bêbada e perante a incapacidade do jovem que lhe tinha prestado socorro, Cacilda tentou resistir, mas um dos malfeitores desferiu uma facada contra a sua coxa esquerda como forma de imobilizá-la.

Embora fosse tarde, e porque a “estupidez” já tinha sido novamente consumada, o grito de desespero atraiu a atenção de um guarda do prédio 254, perto do Jardim dos Professores, o qual tratou de chamar a Polícia. Esta, para além de socorrer a vítima, recolheu os quatro violadores para as celas da 2ª esquadrada da Polícia da República de Moçambique, localizada na Avenida Julius Nyerere.

Segundo Manuel, o jovem que a defendeu, a vítima foi internada no Hospital Central de Maputo na mesma madrugada. A Polícia de Investigação Criminal (PIC) abriu um auto com o número 698/2ª esquadra/2012, através do qual foi movido um processo-crime contra os violadores.

Uma jovem sem residência fixa

Cacilda disse ao @Verdade que vive com a avó na Catembe. Durante os dias que ela ficou internada a anciã não foi informada de nada, pois, de acordo com a jovem, ela está acostumada aos constantes desaparecimentos da neta, que fica dias fora de casa.

“Antes vivia na Matola com os meus tios paternos. Transferi- -me para casa da minha avó na Catembe. Vivo também na Mafalala, em casa dos meus tios”.

A jovem é órfã de mãe e leva uma vida, diga-se, desregrada. Não tem lar fixo e afirma que o pai mora no distrito de Boane com uma outra mulher. Visita- -o e tem uma relação saudável com a madrasta, o que contrasta com o tipo de vida que leva, pois sabe-se que muitos jovens, independentemente do sexo, são maltratadas pelas madrastas, o que os faz abandonar a família. Mas este não é o caso de Cacilda, que aparenta ser uma moça sem a noção dos perigos que existem no dia-a-dia, sobretudo para quem convive com o mundo do álcool.

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