O Ministério Público da França informou, esta Terça-feira (2), que vai arquivar a investigação a respeito das acusações de que Dominique Strauss-Kahn, ex-director-geral do FMI que chegou a ser visto como favorito para governar a França, teria participado de um estupro colectivo.
Em nota, os promotores disseram que a decisão foi tomada depois que uma jovem recuou as acusações imputadas a Strauss-Kahn, de 63 anos, que enfrenta outras suspeitas de crimes sexuais na França, e um processo civil pelo mesmo motivo nos EUA.
“Essa é uma decisão do bom senso”, disse Richard Malka, advogado de Strauss-Kahn, a uma TV. “A luta continua”.
Strauss-Kahn estava prestes a formalizar a sua candidatura presidencial quando foi preso em Nova York, em Maio de 2011, sob a acusação de tentar estuprar uma camareira de hotel.
O processo penal foi arquivado por causa de dúvidas sobre a credibilidade da acusadora, que no entanto manteve a acção contra ele na esfera cível.
A acusação que foi arquivada na França era parte do chamado Caso Carlton, nome de um hotel de luxo em Lille (norte) onde ocorriam festas sexuais das quais Strauss-Kahn já admitiu ter participado.
Os promotores tentam determinar se essas festas configuraram um estímulo activo à prostituição, o que é crime na França.