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OMS faz alerta sobre doença respiratória e peregrinação islâmica

A Organização Mundial da Saúde pediu, Quarta-feira (26), aos profissionais da saúde de todo o mundo para notificarem eventuais casos de infecções respiratórias agudas nos pacientes que tenham viajado à Arábia Saudita ou o Catar e que possam ter sido expostos a um novo vírus, confirmado até agora em duas pessoas.

A agência da ONU divulgou um alerta global, Domingo (23), dizendo que um novo vírus havia infectado um catariano de 49 anos que recentemente viajou à Arábia Saudita, onde outro homem com um vírus quase idêntico havia morrido.

O catariano continua internado em estado crítico na Grã-Bretanha, segundo um boletim da OMS, Terça-feira (25). O novo vírus tem semelhanças com o da Sars (síndrome respiratória aguda grave), e causa também insuficiência renal.

A agência disse que não há relatos de novos casos, mas que continua a investigar. “Temos coisas preparadas para caso as coisas mudem, caso o comportamento do vírus mude”, disse o porta-voz Gregory Hartl.

A OMS disse estar em contacto com as autoridades sauditas a respeito de medidas sanitárias para o haj, peregrinação que leva anualmente milhões de muçulmanos de todo o mundo a Meca, próximo mês.

A orientação da OMS para os 194 países afiliados é para que os profissionais da saúde fiquem atentos a pacientes com febre superior a 38ºC e tosse, e que tenham estado até dez dias antes nos países afectados ou em contacto com casos confirmados ou suspeitos.

O vírus, conhecido como coronavírus e também relacionado ao resfriado comum, é da mesma família da Sars, que surgiu em 2002 na China e contaminou 8.000 pessoas no mundo, matando 800 delas, antes de ser controlado.

A OMS disse estar a identificar uma rede de laboratórios capazes de assessorar os países no combate aos coronavírus. “Embora seja um vírus muito diferente da Sars, dada a gravidade dos dois casos confirmados até agora, a OMS está envolvida numa maior caracterização do novo coronavírus”, disse a entidade, referindo-se ao sequenciamento genético do vírus.

Terça-feira, Hartl disse a jornalistas que “isso não é a Sars, não vai virar a Sars, não é como a Sars”.

Não se sabe ainda como o vírus é transmitido, se por contacto humano ou outra forma, nem se ele causa sempre casos tão graves quanto os relatados nos dois pacientes da Península Arábica.

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