As nações árabes deveriam intervir na Síria, diante do fracasso do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas em impedir a guerra civil no país, disse, esta Terça-feira (25), o emir do Catar, xeique Hamad bin Khalifa al-Thani.
“O Conselho de Segurança falhou em alcançar uma posição efectiva. Em vista disso, acho que é melhor que os próprios países árabes interfiram por dever nacional, humanitário, político e militar, e façam o que for necessário para parar o derramamento de sangue na Síria”, disse Hamad em discurso na Assembleia Geral da ONU.
As potências ocidentais opõem-se a uma intervenção directa contra o regime do presidente Bashar al-Assad, que está a salvo de qualquer acção do Conselho de Segurança por causa do poder de veto dos seus aliados China e Rússia.
“Já tivemos um precedente similar quando as forças árabes intervieram no Líbano em meados da década de 1970 … para parar os confrontos internos lá, num passo que provou-se efectivo e útil”, acrescentou.
O Catar, junto com Arábia Saudita e Turquia, apoiam fortemente os rebeldes sírios, de maioria sunita, ao passo que o Irão, xiita, apoia Assad, pertencente à seita alauíta, derivada do islamismo xiita.
