Um grupo de ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Minas localizada no distrito de Gilé, na província da Zambézia, reivindica salários e demais benefícios sociais que o Governo lhes deve há 25 anos. O caso data do ano de 1987, altura em que a Empresa Nacional de Minas ficou paralisada por causa da guerra civil que envolveu a Frelimo e a Renamo.
Os ex-trabalhadores fizeram as contas entre os valores já recebidos e ainda por receber, tendo concluído que o Governo lhes deve 25 anos de salários atrasados. Deve-lhes ainda indemnizações, pensões relativas aos descontos efectuados para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), entre outros direitos e regalias.
Segundo os reivindicadores, antes de abandonarem a empresa, em 1987, devido a guerra que devastou o país, ficaram seis meses privados de salário. “Exigimos primeiro que o Governo nos pague esses meses e depois as outras dívidas”, disse Zacarias Mutxarepiro, presidente da comissão dos ex-trabalhadores daquela empresa.
Zacarias Mutxarepiro acrescentou que os trabalhadores têm endereçado uma série de cartas às diferentes entidades a quem o assunto interessa e compete resolver, em particular ao Ministério dos Recursos Minerais. Das respostas obtidas muita pouca coisa vai ao encontro das suas expectativas.
Entretanto, em 2009, de acordo Mutxarepiro, os ex-trabalhadores receberam do Executivo algumas compensações, cujos valores variam de 17.500 meticais, para os operários, e 25 a 30 mil meticais, para alguns chefes de direcção. “Mas questionamos os critérios usados para calcular os valores que recebidos. Gostaríamos de ter explicações do Governo”.