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Leis eleitorais podem excluir 10 milhões de hispânicos nos EUA, diz um estudo

Novas leis eleitorais em 23 dos 50 Estados norte-americanos podem impedir mais de 10 milhões de cidadãos hispânicos nos Estados Unidos de se registarem e votarem, número suficiente para potencialmente definir as eleições presidenciais de 6 de Novembro, revelou um estudo.

A comunidade latina representa mais de 10 por cento do eleitorado dos EUA, mas em alguns Estados a proporção é mais elevada, e factores que afastem os hispânicos das urnas podem impedir a vitória do presidente Barack Obama, mais popular nesse grupo do que seu rival republicano, Mitt Romney.

No estudo, a ser formalmente lançado, esta Segunda-feira (24), o grupo activista Advancement Project diz que em 16 Estados houve medidas discriminatórias contra os latinos, por excluir pessoas suspeitas de não serem cidadãs norte-americanas.

Os republicanos, que controlam os legislativos estaduais que vêm aprovando esse tipo de lei desde 2010, dizem que o objectivo é evitar fraudes eleitorais. os democratas dizem que a motivação por trás disso é barrar eleitores de grupos que tradicionalmente não votam nos republicanos.

Nove Estados aprovaram leis que exigem a identificação por fotos, demandando tempo e dinheiro de milhões de latinos que são cidadãos norte-americanos mas ainda não possuem a documentação exigida, de acordo com o estudo.

Os activistas dizem que, ao longo das décadas, praticamente não há registo do uso de documentos falsos nas eleições, ou de estrangeiros a votarem. Obama, do Partido Democrata, lidera as pesquisas entre os hispânicos com 70 por cento das intenções de voto ante 30 por cento de Romney, e vencer nesse grupo de eleitores por uma larga margem é considerado fundamental para o presidente conquistar a reeleição.

O voto hispânico pode ser decisivo em alguns Estados onde as eleições estão particularmente apertadas, como Nevada, Colorado e Flórida – onde, por exemplo, 27 por cento dos eleitores cadastrados são hispânicos.

Como as pesquisas mostram que a disputa entre Obama e Romney no Estado está muito equilibrada, um comparecimento menor dos hispânicos que votariam em Obama pode favorecer o candidato republicano.

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