O exército líbio ordenou neste domingo que grupos rebeldes armados na capital do país e nas suas redondezas abandonem instalações estatais e militares em Trípoli, adicionando que caso contrário serão retirados a força, aparentemente tentando aproveitar a retirada de milícias de Benghazi e Derna.
As duas maiores milícias islâmicas em Derna, cidade no leste da Líbia conhecida como uma fortaleza islâmica, disseram neste sábado que deixarão a cidade, um dia após uma delas, a Ansar al-Sharia, ser expulsa da segunda maior cidade de Líbia, Benghazi. As várias milícias, a maioria das quais é composta por ex-rebeldes, que controlam as ruas da Líbia mais de um ano após Muammar Khaddafi ser deposto, são a evidência mais clara de fraqueza do governo central incapaz de controlá-las.
Entretanto, a morte de quatro norte-americanos, incluindo o embaixador, em ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi em 11 de setembro parece ter dado espaço ao novo governo angariar apoio e canalizar a frustração pública com os grupos armados.
Algumas autoridades norte-americanas acusaram a milícia islâmica Ansar al-Sharia de envolvimento no ataque. O grupo nega as acusações.
A Ansal al-Sharia, que se opõe à democracia, é um dos grupos que têm operado sem o apoio do chamado “guarda-chuva do ministério da Defesa”, que abrange ex-rebeldes aprovados –e necessitados– pelo governo.