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Homem-bomba mata duas pessoas na Nigéria

Um homem detonou neste domingo um carro-bomba do lado de fora de uma igreja católica em uma região remota do norte da Nigéria, matando a si próprio e a pelo menos outras duas pessoas e ferindo várias, disse uma testemunha da Reuters.

A polícia isolou o local após a explosão, que causou poucos danos à igreja, mas matou pelo menos duas pessoas em uma região comercial da cidade de Bauchi, chamada Wunti.

Um jornalista da Reuters viu serviços de emergência carregarem três corpos, e a polícia identificou um deles como ocupante do carro que explodiu. Vários feridos estavam sendo levados em macas.

“Eu estava fazendo meu caminho para a igreja quando vi um carro acelerando em direção à entrada da igreja. Ele atingiu a cerca e depois houve uma grande explosão, e pedaços de metal voaram no ar”, afirmou Manan Yara, uma dona de casa que vive do outro lado da rua em relação à igreja. “Agradeço a Deus por ainda estar viva”, afirmou, com as mãos trêmulas.

O porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências, Yushua Shuaib, afirmou que ele tinha acabado de confirmar os relatos de três feridos, mas que desconhecia mortes. “Três vítimas feridas foram levadas ao hospital para receber atendimento médico”, disse.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. A seita islâmica Boko Haram já assumiu a autoria de vários ataques a igrejas e outros encontros cristãos neste ano, como parte dos esforços para desestabilizar o governo do presidente Goodluck Jonathan.

A Boko Haram matou centenas de pessoas desde 2009 em ataques às forças de segurança, escritórios do governo e igrejas, e três de seus mais importantes membros foram classificados como “terroristas” pelos Estados Unidos. A seita, que diz querer a volta de um antigo califado islâmico no norte da Nigéria, que praticaria a lei Sharia, tornou-se a principal ameaça de segurança ao principal produtor de petróleo da África, substituindo a militância no sudeste do país.

Uma operação militar parece ter enfraquecido a Boko Haram, cujos militantes não conseguiram mais reproduzir ataques de larga escala e coordenados neste ano. Pelo menos 186 pessoas morreram em ações do grupo na cidade de Kano em janeiro. Contudo, ocorrem tiroteios e explosões de bombas quase diariamente por meio de ações com responsabilidade do grupo islâmico.

Os militantes não fizeram pronunciamentos públicos desde o momento em que as forças de segurança mataram seu porta-voz, Abu Qaqa, em um tiroteio em Kano no domingo passado.

Analistas de segurança dizem que o Boko Haram tem ligações com outros movimentos jihadistas no Oeste da África, como a Al Qaeda no Magreb Islâmico, um grupo que nasceu na Argélia e usa o norte de Mali como base. Mas, tirando o ataque à sede da ONU na capital Abuja em agosto, o foco da Boko Haram tem sido predominantemente alvos locais.

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