Inicia este domingo (23), em Pemba, província de Cabo Delgado, o Décimo Congresso do partido Frelimo. O Jornal @Verdade sai à para colher as expectativas de alguns cidadãos em relação ao aguardado evento. Os interpelados pela nossa reportagem esperam que no fim do Congresso hajam medidas conducentes à redução de vários problemas que preocupam a juventude, sobretudo o desemprego e a falta de habitação.
Eugénio Santos, jovem de 23 anos de idade, disse que actualmente a juventude está entregue à sua própria porque tendem a escassear as oportunidades de emprego no país. O acesso ao ensino superior também é renhido e muitos não têm uma residência própria.Segundo ele, os jovens depois de concluir o nível médio envolvem-se em práticas que não lhes dignificam como o consumo de drogas e outros estupefacientes por falta de emprego. “Os membros da Frelimo devem saber discutir as formas de resolver este e outros problemas”.
Amisse Janeiro disse que nos últimos tempos não é fácil os jovens ingressarem nas universidades públicas no sentido de continuar com os seus estudos. Estudar numa universidade privada nem pensar porque as propinas são elevadas.
O jovem anotou que as oportunidades de formação como o acesso às bolsas de estudo são oferecidas aos filhos e familiares de gente com poder. “E isso não pode prevalecer porque as oportunidades devem estar disponíveis para todos os moçambicanos”.
Em relação ao problema da falta de habitação, os nossos entrevistados defendem a necessidade da criação e aplicação efectiva das leis que facilitam os jovens ter uma residência própria.
Zaina Alfredo considerou que os meios que o Governo liderado pelo partido Frelimo disponibiliza para garantir o acesso aos serviços básicos, como é o caso de educação, saúde, vias de acesso melhoradas continuam aquém das expectativas. Muitas pessoas continuam a percorrem longas distâncias para chegar a uma unidade sanitária e a um estabelecimento de ensino.
“Por isso quero que a reunião magna da Frelimo produza resultados que vão trazer mudanças na vida da população e melhorar as respectivas condições de vida”, apontou a nossa interlocutora, para quem durante a implementação das políticas de governação “as prioridades devem ser direccionadas para as acções que promovam a inclusão, a unidade nacional e a distribuição abrangente das riquezas que abundam nas regiões do país”.
