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ONG pede que Humala detenha a morte de manifestantes no Peru

O grupo Human Rights Watch pediu que o presidente peruano, Ollanta Humala, contenha a polícia e o Exército para evitar que disparem e matem as pessoas que protestam contra as companhias de mineração.

Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas após um confronto entre a polícia e manifestantes que bloqueavam uma rodovia que leva à mina de ouro Pierina de Barrick no norte do Peru, disse a companhia, esta Quinta-feira (20).

Pelo menos 19 pessoas morreram em disputas por causa dos recursos naturais do Peru desde que Humala assumiu a Presidência, em Julho de 2011. O país andino é um dos principais exportadores de minérios do mundo. O ex-oficial do Exército prometera usar a mediação para evitar a violência.

Mas os críticos afirmam que agora ele intervém muito rápido para contar com as forças de segurança para dispersar os manifestações contra novas minas.

Numa carta aberta a Humala, o grupo baseado em Nova York disse que ele deveria impedir imediatamente as forças de segurança de usar munição para controlar as multidões, assim como garantir que a polícia tenha suprimentos adequados de armas não-letais e fechar brechas legais que podem conferir imunidade aos policiais que cometam abusos.

O Human Rights Watch disse que a investigação que fez sobre a morte de cinco manifestantes em protestos na região de Cajamarca em Julho contra uma mina de ouro proposta pela companhia norte-americana Newmont apontou falhas do governo.

“Encontramos evidência que sugere fortemente que o uso de força letal foi injustificado e constituiu uma séria violação das normas internacionais de direitos humanos”, disse o grupo na sua carta de oito páginas a Humala e ao ministério dele.

Os efeitos dos protestos de Cajamarca fizeram Humala fazer uma reforma no governo e promover Juan Jimenez, um advogado dos direitos humanos que foi ministro da Justiça, a primeiro-ministro.

Em 2006, uma campanha fracassada de Humala para a Presidência foi afectada quando foi citado num processo alegando que os soldados da base do Exército supervisionada por ele em 1992 foram responsáveis pelo desaparecimento de dois supostos manifestantes durante a guerra civil do Peru.

As cortes peruanas inocentaram Humala, mas os parentes das vítimas enviaram o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

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