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PLEXUS adia produção directa devido a queda do preço do algodão

A PLEXUS, empresa vocacionada à promoção e fomento do cultivo do algodão no sector familiar, na província nortenha de Cabo Delgado, adiou a produção directa do chamado ouro branco, na presente campanha, devido a uma alegada queda do preço deste produto no mercado internacional.

Faustino Catingue, gestor da PLEXUS, diz que o preço de algodão aplicado na presente safra é de 10 meticais por quilograma, contra 15 do ano passado, valor que desmotivou a empresa que dirige, que se viu obrigada a redefinir o projecto anteriormente desenhado.

“Tínhamos na manga um projecto de produção directa que deveríamos implementar na presente campanha, mas adiámos para uma outra oportunidade, tudo devido à queda do preço do algodão no mercado internacional”, revelou Catingue citdo, Sábado (15), pelo jornal “Noticias”.

A fonte explicou que, no ano passado, o preço era encorajador, facto que levou a empresa a desenhar um projecto de produção directa numa das antigas unidades de produção do algodão da ex-LOMACO, a multinacional que outrora produzia algodão na região de Montepuez.

“Neste momento, a PLEXUS não está a fazer produção directa, apenas fomenta a produção no sector familiar. No ano passado estávamos motivados e queríamos abrir machambas em moldes industriais, mas adiámos este projecto porque o preço do algodão caroço caiu no mercado internacional”- explicou Catingue.

Segundo Catingue, a produção directa acarreta elevados custos que só poderiam ser recompensados com a subida do preço, facto que não aconteceu.

Enquanto a produção directa não for viável, Catingue diz que a empresa vai continuar a comprar o algodão produzido pelo sector familiar.

Actualmente, a empresa está a fomentar a produção em 750 aldeias dos distritos de Montepuez, Namuno, Balama, Ancuabe e Chiúre, em Cabo Delgado, e Namapa na província de Nampula.

“A PLEXUS distribui aos camponeses sementes de algodão e possui extensionistas que os assistem na produção, desde a preparação da terra, sementeira até à colheita e o contrato existente com os produtores é comprar toda a produção ”, disse Catingue.

A PLEXUS fomenta a produção de algodão naquela zona desde os princípios da década de 2000 e, na campanha agrícola passada, comprou aos camponeses cerca de 24 mil toneladas do algodão caroço, a 15 meticais o quilograma, preço que, na presente safra, caiu para 10, enquanto a produção registou um crescimento.

“É assim que sempre acontece. O preço da compra do algodão depende do aplicado no mercado internacional. É possível que, nos próximos tempos, a situação venha a melhorar”, disse Catingue.

Segundo Catingue, a empresa espera comprar aos camponeses, na presente campanha de comercialização, cerca de 32 mil toneladas de algodão caroço e, para o efeito, vai gastar perto de 12 milhões de dólares norte-americanos. A PLEXUS possui duas unidades de processamento do algodão.

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