o Japão apresentou, esta Sexta-feira (14), um plano para abandonar o uso da energia nuclear até os anos 2030, numa mudança drástica em relação à meta anterior, anunciada antes do desastre nuclear de Fukushima do ano passado, de ampliar a participação da geração nuclear na matriz energética japonesa.
Mas o impopular governo do primeiro-ministro Yoshohiko Noda, que deve enfrentar uma eleição antecipada ainda este ano, também propôs que os reactores considerados seguros por um novo órgão fiscalizador que está a ser implantado possam ser reactivados para garantir o fornecimento de energia até que a mudança seja implantada.
O crescente movimento antinuclear no Japão certamente vai opor-se a essa proposta. A usina nuclear Fukushima Daiichi foi atingida pelo terremoto e o tsunami de Março de 2011, que provocou o derretimento de um reactor e o despejo de radiação.
Milhares de pessoas foram retiradas de uma vasta região e houve contaminação. O acidente nuclear, o pior do mundo em 25 anos, levou o governo a abandonar um plano de 2010 de ampliar a participação da energia nuclear para mais de 50 por cento da matriz energética japonesa até 2030.