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Cólera mais grave este ano do que em 2008

A cólera matou nos primeiros três meses deste ano 140 pessoas, contra os 150 óbitos registados em todo o ano passado (2008) devido a doença.

Estes dados indiciam que os casos de cólera e óbitos devido a doença serão de longe piores que os verificados todo o ano passado tendo em conta que se esta ainda no primeiro trimestre deste ano.

Com efeito, mais de 13 mil pessoas foram afectadas pela cólera este ano, contra os cerca de 12 mil casos da doença registados em todo o ano passado.

“Estes casos estão ligados as chuvas que tem vindo a cair em quase todo o país e a falta de hábitos de higiene individual e colectiva por parte das pessoas”, disse o Ministro moçambicano da Saúde, Ivo Garrido, falando hoje, em Maputo, na abertura do 34/o Conselho Coordenador de Saúde.

Garrido disse que o Governo tem a obrigação de intensificar as campanhas de promoção de boas práticas de higiene individual e colectiva como forma de reduzir os actuais índices de infecção pela cólera.

Aliás, ainda hoje, o Ministério da Saúde (MISAU) lançou a Campanha Nacional de Higiene das Mãos, com o lema “Mãos Limpas Salvam Vidas”, visando chamar a consciência dos profissionais da saúde e da população sobre a importância da lavagem das mãos.

Falando sobre outras doenças, o Ministro da Saúde disse que os casos de sarampo reduziram em mais de 95 por cento em três anos. Em 2005, segundo Garrido, as autoridades registaram 12.598 casos desta doença, número que baixou para apenas 278 casos suspeitos em 2008.

“Hoje é difícil ensinar sarampo aos estudantes dos cursos médicos e paramédicos porque é raro ver-se uma criança com sarampo”, disse.

Outra redução significativa é dos casos da lepra, doença que já deixou de ser problema de saúde pública em Moçambique. Ano passado, todas as províncias do país atingiram taxas de prevalência da doença inferiores a um caso em 10 mil habitantes.

Em relação ao HIV/SIDA, o Ministro da Saúde destacou a expansão do tratamento anti-retroviral para todos os 128 distritos do país e da capacidade de contagem de células CD4 para todas as províncias.

O número de pacientes em tratamento subiu de seis mil em Dezembro de 2004 para os actuais 135 mil.

Quanto à malária, Ivo Garrido disse que desde 2007 se verifica em todas as províncias, e pela primeira vez nos últimos 20 anos, uma redução progressiva do número de casos e mortes por esta doença.

“A nível nacional, os casos de malária sofreram uma redução de cerca de 24 por cento (de 6.336.000 para 4.832.000). O número de mortes reduziu em cerca de 35 por cento (de 3.998 para 2.949)”, disse o Ministro.

Segundo ele, esse sucesso resulta da pulverização intra-domiciliária com insecticidas, bem como da melhoria no diagnóstico e tratamento da doença.

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