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Grupos rivais trocam pedradas na Venezuela

Partidários de candidatos rivais na eleição presidencial venezuelana trocaram pedradas, Quarta-feira (12), antes de um acto de campanha do oposicionista Henrique Capriles, a menos de um mês do pleito de 7 de Outubro.

No mais tenso incidente desde o início oficial da campanha,a 1 de Julho, algumas pessoas ficaram feridas, e ambos os lados acusaram-se mutuamente pela violência em Puerto Cabello, principal cidade portuária do país.

Imagens de TV mostraram dezenas de pessoas a correrem, e algumas a lançarem pedras. Pelo menos um carro foi queimado. Chávez, no poder desde 1999, enfrenta pela primeira vez uma candidatura unificada da oposição.

“Esses actos não são espontâneos, há algum responsável”, disse Capriles, 40 anos, no comício após o incidente, acusando Chávez directamente. “É ele, e digo isso directamente: é você que deseja esse cenário, você que deseja espalhar o medo, você que deseja que os venezuelanos continuem a lutar entre si.”

A campanha já foi marcada por diversos incidentes, e há temores de mais confrontos, num país onde há muitas armas nas mãos da população, e onde as tensões estão a acirrar-se na recta final da campanha.

Os partidários de Chávez culparam a oposição pelo confronto da Quarta-feira, que fechou o principal acesso ao aeroporto local, obrigando Capriles a chegar lá com um pequeno barco.

A imprensa estatal disse que 25 pessoas ficaram feridas, mas uma rede de TV da oposição citou um número menor.

“Fomos surpreendidos por uma chuva de pedras, rojões e bombas incendiárias …, que causaram um grande número de vítimas”, disse Rafael Lacava, prefeito local e aliado de Chávez, à TV estatal.

“Fomos atacados por um grupo avançado, que Capriles sempre manda à sua frente quando realiza esse tipo de evento.”

Chávez lidera a maioria das pesquisas, mas pelo menos uma delas coloca Capriles à frente. As pesquisas eleitorais na Venezuela têm fama de serem pouco confiáveis.

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