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Transporte custa 63 porcento mais caro em África do que no Ocidente, segundo um estudo

Os custos de transporte são cerca de 63 porcento mais caros em África do que nos países ocidentais, segundo um estudo internacional.

Conjuntamente levado a cabo pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Comissão das Nações Unidas para a África (CEA), o estudo atribui esta carestia à escassez de infraestruturas no nosso continente.

Segundo o documento, a proporção de estradas asfaltadas em todo o continente africano é cerca de cinco vezes menos densa do que nos países desenvolvidos.

“A rede ferroviária deverá constituir a espinha dorsal da rede de transporte. Mas muitas vezes, resume-se a linhas únicas que partem do interior das terras para o litoral com poucos troços secundários”, lê-se no mesmo texto.

Todavia, o estudo ressalta um o desenvolvimento fulgurante do transporte aéreo em África desde a decisão de liberalizar o ceú aéreo no continente.

“África é a primeira região do mundo em termos de desenvolvimento do transporte aéreo, sobretudo desde a liberalização decorrente da decisão de Yamoussoukro (Côte d’Ivoire) aprovada em 1999 pelos dirigentes africanos”, acrescentam os autores deste documento.

Segundo eles, apesar da lenta implementação da decisão de liberalizar o ceú aéreo, diversos países do continente concederam-se direitos bilaterais mútuos permitindo assim às companhias aéreas transportarem passageiros para países terceiros.

A carestia do transporte aéreo, terrestre, ferroviário e marítimo é um dos principais obstáculos do desenvolvimento das trocas comerciais interafricanas que apenas representam hoje 12 porcento das trocas globais do continente.

Devido à sua fraca integração regional, a África do Norte regista, segundo um recente estudo do BAD, um volume de trocas interafricanas de menos de 4 porcento.

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