Os preços dos produtos básicos em Moçambique continuam estáveis apesar de ligeira queda registada nos últimos quatro meses, altura em que se registou uma ligeira deflação.
Segundo o Índice de Preços no Consumidor (IPC) publicado, Terça-feira (11), em Maputo, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o país registou uma queda ligeira de preços na ordem de 0,02 por cento negativos em Agosto último.
A chefe do Departamento de Preços e Conjuntura do INE, Perpétua Michangula, explica que contribuíram para estes resultados a queda dos preços da cebola, coco, feijão manteiga e do peixe seco.
Michangula disse que no mesmo período também se registou aumento dos preços do peixe refrigerado ou congelado, milho em grão seco e açúcar amarelo.
Segundo os mesmos dados, de Janeiro a Agosto os preços registaram uma diminuição geral na ordem de 0,50 por cento negativos.
“A queda de preços da divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que ditou o comportamento geral de preços desde o início do ano até Agosto, ao contribuir com 0,63 pontos percentuais negativos. A variação de preços do tomate, de motorizadas, de arroz e de óleo alimentar teve impacto no total da inflação acumulada de aproximadamente 1,01 pontos percentuais negativos”, frisou Michangula.
Relativamente a igual período do ano passado, Moçambique registou uma subida dos preços na ordem de 1,41 por cento. A divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas teve um aumento de preços de cerca de 1,98 por cento.
Segundo Michangula, quando desagregados por cidades, estes preços indicam que Beira e Nampula registaram agravamento de preços na ordem de 0,04 e 0,03 por cento, respectivamente. Enquanto isso, a cidade de Maputo, teve uma baixa de preços na ordem de 0,07 por cento.
“De Janeiro a Agosto, as cidades de Maputo, Beira e Nampula registaram uma queda de preços na ordem de 0,62, 018 e 0,47 por cento, respectivamente. Em termos homólogos, Maputo teve um agravamento de cerca de 1,07 por cento, Nampula, 1,63, e Beira, 2,03 por cento”, explicou.
A disponibilidade de produtos frescos a nível interno (que têm maior peso no cabaz dos moçambicanos), bem como a estabilização dos preços dos transportes e dos combustíveis poderá explicar esta estabilidade dos preços no país.
Aliás, mesmo a alta dos preços dos alimentos, sobretudo de cereais, no mercado internacional, não foi de capaz de afectar significativamente os níveis de inflação no país.