Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

China envia patrulhas a ilhas compradas pelo Japão

A China enviou dois barcos de patrulha aos arredores das ilhas disputadas com o Japão que foram compradas pelo governo japonês das mãos de proprietários particulares, e acusou Tóquio de estar a “brincar com fogo”, disse a imprensa estatal chinesa, esta Terça-feira (11), num episódio que pode agravar as tensões entre as duas maiores economias asiáticas.

“Os militares chineses expressam a sua resoluta oposição e o seu forte protesto a isso”, disse um porta-voz no site do Ministério da Defesa.

“O governo e os militares chineses são irredutíveis na sua determinação e irão defender a soberania do território nacional. Estamos a acompanhar de perto o desenrolar dos factos, e reservamo-nos o poder de adoptar medidas correspondentes.”

O governo japonês desembolsou 2,05 bilhões de ienes (26,18 milhões de dólares) para adquirir as três ilhas desabitadas no mar do Leste da China, até agora cedidas em comodato pelo governo a uma família japonesa que detém a sua posse desde o início da década de 1970.

Tóquio disse que a sua intenção com essa compra é pacífica. A Guarda Costeira japonesa vai administrar as ilhas, chamadas de Senkaku pelo Japão, e de Diaoyu pela China. As ilhas ficam perto de áreas pesqueiras e de campos gasíferos potencialmente enormes.

O porta-voz ministerial chinês acusou o Japão de “usar todos os tipos de pretextos para ampliar os seus armamentos, e de repetidamente criar tensões regionais”.

Pequim em geral evita a mobilização de forças militares para áreas marítimas disputadas com países vizinhos, inclusive o Japão, preferindo usar embarcações oficiais civis para reafirmar as suas reivindicações de soberania.

A agência estatal de notícias Xinhua disse que duas embarcações da Vigilância Marítima da China chegaram na manhã da Terça-feira aos arredores das ilhas. A Vigilância Marítima patrulha águas territoriais chinesas, mas não é subordinada à Marinha.

A Guarda Costeira japonesa não confirmou os relatos sobre a presença de embarcações chinesas. A aquisição das ilhas pelo governo japonês motivou pequenos protestos à frente da embaixada do Japão em Pequim, onde a segurança é reforçada.

Microblogs no popular site Sina Weibo, espécie de Twitter chinês, também relataram pequenos protestos antijaponeses nas cidades de Weihai (leste) e Chongqing (sul).

A disputa pelas ilhotas já dura várias décadas, mas intensificou-se, mês passado, quando o Japão deteve activistas chineses que desembarcaram nas ilhas. No fim de semana, o presidente da China, Hu Jintao, havia alertado o Japão a não comprar as ilhas.

Terça-feira, Taiwan, que também reivindica os territórios, retirou o seu representante diplomático do Japão, em sinal de protesto.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts