Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Chefe de direitos humanos da ONU culpa os dois lados pelo conflito sírio

A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, disse, esta Segunda-feira (10), que ambos os lados no conflito sírio são culpados por violações aos direitos humanos e deveriam encarar a Justiça.

Falando para os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Pillay reiterou que as acções do governo sírio podem ser consideradas como crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

“O uso de armamento pesado pelo governo e os bombardeios em regiões habitadas resultaram num alto número de mortes de civis, grandes deslocamentos de civis dentro e para fora do país e uma devastadora crise humanitária”, disse.

“Estou igualmente preocupada com violações das forças contra o governo, incluindo assassinatos, execuções extra-judiciais e tortura, bem como o recente aumento no uso de equipamentos explosivos improvisados.”

Pillay, ex-juíza de crimes de guerra da ONU, pediu repetidas vezes que a Síria seja encaminhada ao Tribunal Penal Internacional, mas tal encaminhamento só pode ser efectivado pelo Conselho de Segurança da ONU, que está dividido sobre como lidar com a Síria.

China e Rússia opõem-se a qualquer tentativa de jogar a culpa pela crise no presidente Bashar al-Assad. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização de oposição baseada em Londres, diz que mais de 23.000 pessoas morreram no levante que dura há mais de 17 meses.

Cerca de 200.000 sírios fugiram para a Turquia, Jordânia, Iraque e Líbano. O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, lamentou que as recomendações do Conselho de Direitos Humanos da ONU não tenham sido seguidas por outros órgãos da organização, e pediu ao conselho para manter a sua vigilância na Síria, “incluindo sobre a questão da responsabilidade”.

“Temos que assegurar que qualquer um, de qualquer dos lados, que cometa crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou violações dos direitos humanos internacionais ou da legislação humanitária seja levado à Justiça”, disse à reunião.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts