O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, disse, Quarta-feira (5), que o presidente Bashar al-Assad criou um “Estado terrorista” na Síria e expressou novamente frustração com a falta de consenso internacional sobre o caos no país vizinho.
“Os massacres na Síria, que ganharam força com a indiferença da comunidade internacional, continuam a aumentar”, Erdogan afirmou durante uma reunião do seu partido, o AKP.
“O regime na Síria tornou-se um Estado terrorista”. O governo turco inicialmente cultivava boas relações com a administração de Assad, porém Erdogan tornou-se um dos críticos mais ferrenhos do presidente sírio desde o início de um levante contra Assad há 17 meses.
A Turquia está a lutar para lidar com a entrada de cerca de 80.000 refugiados sírios no seu território e tem pressionado repetidamente por uma zona de segurança dentro da Síria protegida por forças estrangeiras, mas a proposta teve pouco apoio internacional.
A Turquia acusa Assad de fornecer armas para os insurgentes do grupo curdo PKK, que luta contra as tropas do governo no sudeste turco há quase três décadas, e levantou a possibilidade de uma intervenção militar na Síria caso a PKK vire uma ameaça.
Assad negou que a Síria tenha permitido que os militantes do PKK operem dentro do seu território, perto da fronteira com a Turquia. O PKK é classificado como uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.