A Companhia do Sena, sedeada no distrito de Marromeu, na província central moçambicana de Sofala, projecta produzir até finais de 2012 cerca de 40 mil toneladas de açúcar refinado, colocando-se na posição cimeira no país em termos de produção do produto bastante procurado no mercado da União Europeia.
Para o efeito, foi já plantada naquela região cana-de-açúcar numa extensão de 14 mil hectares, segundo Simões Zalembessa, administrador de Marromeu, acrescentando que, no total, aquela unidade económica dispõe de cerca de 26 mil hectares para o plantio de cana sacarina destinada à produção de variedades de açúcar para o consumo doméstico e exportação.
O processo de produção de açúcar refinado e amarelo está a ser concretizado por cerca de oito mil trabalhadores, segundo ainda Zalembessa, realçando, contudo, que “a maior parte destes tralhadores não tem qualificação específica suficiente para responder às necessidades de crescimento da empresa”.
Falando em entrevista ao Correio da manhã, Zalembessa acrescentou que o seu executivo tem vindo a incentivar a fábrica a apostar na formação dos seus trabalhadores em matéria do uso de tecnologias modernas do ramo açucareiro, esforço que visa “imprimir maior dinâmica nos processos de plantação e processamento de açúcar naquela região”.
A Companhia do Sena produz uma média anual de cerca de 110 mil toneladas de açúcar diverso e faz parte do grupo de quatro empresas moçambicanas envolvidas na produção de açúcar destinado ao mercado doméstico e exportação.
Trata-se das fábricas de Xinavane e Maragra, na provín- cia de Maputo, e Mafambisse e Companhia do Sena, em Sofala, unidades que nos últimos 17 anos investiram cerca de 800 milhões de dólares norte-americanos para elevar a produção das anteriores 13 mil toneladas de 1992, para cerca de 400 mil toneladas até finais de 2011 (Cm N.o 3903, pág. 3).