A operação de retirada das tropas ruandesas desdobradas na República Democrática do Congo (RDC) no quadro de operações militares conjuntas com o Exército congolês começou no fim de semana com o regresso ao país de 357 homens, soube a PANA segunda-feira de fonte militar em Kigali.
Segundo o porta-voz das Forças Armadas rwandesas, brigadeiro Joseph Nzabamwita, pelo menos dois batalhões especiais ruandeses participavam desde 2009 em operações militares cunjuntas com os seus pares congoleses para perseguir os combatentes do movimento rebelde hutu ruandês das Forças Democráticas para a Libertação do Rwanda (FDLR).
“O Rwanda decidiu repatriar as suas tropas na sequência de divergências no seio das Forças Armadas congolesas”, declarou o general Nzabamwita. De acordo com ele, as autoridades congolesas sempre procuraram provar perante a comunidade internacional que o Ruanda estaria por detrás da insurreição prevalecente atualmente no leste da República Democrática do Congo.
Em fevereiro de 2009, o Ruanda e a RDC decidiram lançar uma operação militar conjunta para perseguir os rebeldes hutus das FDLR no leste do país. Para os responsáveis militares ruandeses, esta operação conheceu um franco sucesso tomando em conta o efetivo dos rebeldes que se arrependeram assim como o avanço das tropas dos dois países que reganharam terreno nas antigas zonas ocupadas pela FDLR.
“Este tipo de operações não poderiam perdurar com tantas alegações» da parte das autoridades congolesas sobre um eventual apoio do Rwanda a um movimento rebelde que opera no leste deste país, explicou o general Nzabamwita.
