O Movimento Islâmico de Moçambique suspendeu, Sexta-feira (31), a manifestação pacífica que estava prevista para Sábado (01). A decisão, tomada numa conferência de imprensa em Maputo, deve-se à flexibilidade do Governo no diálogo com aquele movimento.
O porta-voz daquela agremiação, Amand Camal, disse a jornalistas que o recuo se insere na intenção de implementar acções sociais de defesa da estabilidade, unidade, paz e desenvolvimento social nacionais.
“A manifestação, antes prevista para amanhã, está suspensa. O Governo mostrou disponibilidade ao diálogo e interesse na solução do problema apresentados”, disse Amand Camal.
Segundo ele, nos últimos vinte dias, a comunidade islâmica está a trabalhar na consciencialização do Ministério da Educação para corrigir dois comunicados emitidos em relação ao uso do véu ou lenço muçulmano nas escolas.
Trabalha ainda na mobilização de diferentes comunidades do país, para em conjunto alertar as autoridades sobre o crescimento de índice de criminalidade, discriminação étnica, racial, tribal e religiosa.
Recordou também que a passeata ora suspensa surgia da falta de informação e esclarecimento preciso, pelo Ministério de Interior, dos raptos e sequestros que têm vindo ocorrer no país, sobretudo na cidade de Maputo, tendo como principais vítimas cidadãos muçulmanas.
Sobre a libertação da Ina Faruk Ayob, cidadã de origem asiática, 17 anos de idade, sobrinha do dono da Ayob Comercial, morto a tiros em Abril deste ano, por indivíduos até aqui desconhecidos, Camal disse não ter muitos dados a fornecer. Contudo, assegurou que a jovem já está em livre dos criminosos e em convívio familiar.