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Grupo opositor sírio não tem condições de derrubar Assad, diz um ex-membro

O grupo da oposição Conselho Nacional Sírio não conseguiu superar as divisões internas e não tem condições de enfrentar o desafio de derrubar o presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse uma proeminente ex-integrante do grupo.

Assad, numa rara entrevista televisiva, disse que precisaria de mais tempo para derrotar os rebeldes e que a conversa duma zona-tampão imposta pelo Ocidente no território sírio era irrealista.

Basma Kodmani, que deixou, esta semana, o Conselho Nacional Sírio (CNS), disse que o grupo não estava a fazer o suficiente para apoiar a revolta cada vez mais violenta contra o governo em Damasco, e precisava de ser substituído por uma nova autoridade política.

“A minha opinião é a de que o CNS não estava à altura de enfrentar desafios crescentes no terreno e não tinha como apresentar o desempenho que eu gostaria”, disse ela à Reuters numa entrevista por telefone de Paris, esta Quarta-feira.

Kodmani, uma das poucas mulheres no CNS, liderava o departamento de assuntos externos do grupo. O conselho foi formado na Turquia, ano passado, para guiar uma transição democrática se Assad caísse, mas vem sendo acusado de ser dominado por islamistas.

“Os grupos dentro do conselho não se comportaram como um só na promoção dum projecto nacional”, disse Kodmani.

“Alguns deram atenção demasiada às suas próprias agendas partidárias, às vezes às suas agendas pessoais. Isso resultou numa fragilidade em conectar-se com os grupos em campo e fornecer o apoio necessário em todas as formas.”

Na Síria, os activistas da oposição relataram bombardeios por ar e terra lançados pelas forças do governo nas áreas a leste de Damasco, o que fez com que milhares fugissem da região.

O grupo de oposição Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que cerca de 100 pessoas foram morta, esta Quarta-feira, 29 delas soldados do governo. Até agora a guerra matou mais de 18.000 pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas.

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